16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulhere

O 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2015), em 2014, registrou 47.643 casos de estupro em todo o país. O dado representa um estupro a cada 11 minutos.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) entende que os números são alarmantes e que a escola pode contribuir para transformar essa realidade. O ambiente escolar é o local de aprendizado e vivência das primeiras noções de cidadania de crian- ças e jovens e deve ser instrumento facilitador para as mudanças necessárias à prevenção e ao enfrentamento da violência contra a mulher.

O que é a cultura do estupro?

Na década de 70, as norte-americanas começaram a usar esse termo para apontar comportamentos sutis ou explícitos que silenciam ou relativizam a violência sexual contra a mulher. São mensagens que, de alguma forma, colocam a mulher como objeto ou em situação de inferioridade, e que estão espalhadas pela cultura popular, veículos de comunicação de massa, autoridades, entre outros espaços. Essa cultura funciona como uma rede em que a condenação à vítima de estupro é sempre mais intensa do que a condenação ao ato de violentar uma mulher – o crime de estupro.

Em resumo: a violência contra a mulher não é natural! Se há elementos socialmente construídos no cotidiano da família, da escola, das ruas e na mídia, as convenções sociais podem ser transformadas. Educadores e educadoras têm a possibilidade de desconstruir os estereótipos no ambiente escolar e interromper o ciclo de violência contra a mulher.  

Em que momento Começa a cultura do estupro?

Assim que um bebê nasce, já existe a expectativa sobre o temperamento da criança: se é menino, espera-se que seja agressivo; se é menina, delicada. Meninos são criados para serem corajosos (“Homem de verdade não chora”), enquanto as meninas são preparadas para que se sintam responsáveis pela casa, pelos filhos e, até mesmo, pelas violências que sofrem.

Os julgamentos são alimentados durante a infância e vão se tornando mais complexos na idade adulta. Por isso, o quanto antes estudantes tiverem contato com uma referência mais crítica sobre comportamentos de homens e de mulheres, mais chances de termos uma geração mais pacífica e que respeite as mulheres. A escola tem a responsabilidade de garantir o direito de cada pessoa ter a justa imagem de si e ser tratada com dignidade. 

Saiba mais em http://campanhasaberamar.com.br 

Fonte: CNTE

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