Profissionais da rede estadual de ensino
Com cerca de 500 pessoas só do interior do Estado, a paralisação também visa denunciar o descaso do poder público com a Educação. "O governo não investe os recursos necessários para garantir Educação de qualidade, por isso não atende as condições mínimas de valorização profissional e investimentos que reivindicamos", protestou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Gilmar Soares Ferreira.
Até o final de setembro, deve ocorrer nova audiência entre o sindicato e a Seduc para avaliação das receitas do Estado com o objetivo de implementar o piso de R$ 1.312,00. A expectativa é que as reivindicações sejam atendidas, já que a possibilidade de os profissionais entrarem em greve novamente não está descartada. "Nós suspendemos o movimento em julho, mas continuamos em estado de greve", recordou o sindicalista.
Estudos realizados pelo Sintep/MT já comprovaram que existem recursos para o pagamento do piso. Só no período de janeiro a abril de 2011, o governo de Mato Grosso teve um superávit primário - diferença entre o que foi arrecadado e o que foi gasto pelo Estado - de R$ 775 milhões. A meta prevista no Orçamento para este ano era de R$ 329,7 milhões. O valor reivindicado pelos trabalhadores da educação representa apenas R$ 26 milhões, ou seja, 5,83% do que o Executivo Estadual deixou de investir no bem-estar dos cidadãos. "O que falta é vontade e determinação política", ressaltou a diretora do polo regional Oeste II do Sintep/MT, Lúcia de Lourdes.
Dossiês das escolas - A categoria também expõe relatos sobre as más condições das escolas e cartas aos deputados na vigília. De acordo com Gilmar Soares, cerca de 200 das 730 escolas da rede estadual apresentam péssimas condições de infraestrutura. Algumas estão há mais de 30 anos sem passar por reformas, outras enfrentam problemas nas instalações elétricas, falta de climatização, entre outros.
Um exemplo é a Escola Estadual Licínio Monteiro,
Sem quadra de esportes - A situação também é delicada no interior do Estado. Segundo a vice-presidente da subsede do Sintep/MT em Canarana, a