A tarde de hoje (12) foi marcada pela paralisação da rede estadual de ensino
Por meio de manifestações, dossiês, cartas, cartazes e faixas que denunciam as condições das escolas aos deputados, a categoria pretende chamar a atenção e denunciar o descaso do poder público com a Educação. "Os companheiros de todo o Estado atenderam ao nosso chamado. Além da participação de vários municípios, hoje temos atos públicos acontecendo em outras cidades. Queremos denunciar o descaso com que o governo tem lidado com as políticas públicas, inclusive com a Educação", ressalta Jocilene Barboza dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT).
Caravanas de diversos municípios participaram da caminhada, entre eles: Mirassol D'Oeste; Campo Novo do Parecis; Nova Olímpia; Sapezal; Barra do Bugres; Chapada dos Guimarães; Poconé; Barão de Melgaço; Rondonópolis; Santo Antônio do Leverger; Jaciara; Nobres; São José do Rio Claro, além da regional Oeste II. As subsedes de Rondonópolis e Cáceres também realizaram ato público na praça central dos municípios. Segundo Jocilene Barboza, a categoria continuará com as denúncias e reivindicando melhorias na Educação de Mato Grosso. "Queremos chamar a atenção da população para mostrar a realidade da Educação no Estado, já que o governo não investe o suficiente para garantir qualidade de ensino para os alunos, valorização profissional e estrutura nas escolas. A greve está suspensa, mas a luta continua", frisa a vice-presidente.
Denúncias - A Seduc/MT ficou repleta de dossiês e cartas escritos pelos alunos e profissionais de todo o Estado. Neles, os estudantes denunciam as más condições das escolas aos deputados. Ricardo de Assis, diretor da regional Oeste I do Sintep/MT, conta que o município de Poconé passa pelos mesmos problemas que várias outras cidades de Mato Grosso. "Temos escolas que estão há três anos
A situação não é diferente em escolas das redes municipais de ensino. O dossiê da Escola Municipal Professor Benjamin Padoa, de Alta Floresta, denuncia que a instituição de ensino possui apenas três cozinheiras para um público de 1.200 pessoas e não possui nenhum porteiro. "A escola foi construída em 2003 e foi preciso entrar na justiça para garantir que fosse construído um refeitório, que até hoje não foi forrado. Não existe quadra esportiva. Possuímos relatórios das Centrais Elétricas Mato-grossenses (Cemat) e de outros técnicos afirmando que a escola corre risco de pegar fogo, devido à fragilidade da rede elétrica", alerta.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação