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A morte do aluno Gustavo Pacheco da Silva, assassinado a tiros, na manhã do dia 21 de julho na Escola Estadual Cesário Neto, em Cuiabá, reacendeu um debate há anos provocado pelo Sintep/MT: falta de políticas públicas de educação, saúde e segurança pública. Um acontecimento lamentável que reflete o quanto a escola tem sofrido, cada vez mais, com a violência que impera na sociedade.
Mais preocupante ainda é que as frequentes agressões físicas nas escolas da rede pública de ensino apontam para a triste possibilidade desses acontecimentos se tornarem corriqueiros, naturais. A divulgação de vídeos de brigas entre alunos na internet, a exemplo do caso das adolescentes da Escola Estadual Dione Augusto, reforça essa preocupação e a urgência em discutir seriamente a oferta do ensino a esses jovens.
Um Estado que cresce acima da média do país, com arrecadação que se amplia a cada ano e com um superávit acima de 100% do esperado no primeiro quadrimestre de 2011, não tem conseguido dar retorno para a população, na proporção do seu crescimento. O Sintep/MT alerta, novamente, que as escolas continuarão sendo palcos de acontecimentos trágicos, enquanto estiverem despidas de condições materiais, pessoal efetivo e qualificado continuamente, além de um projeto pedagógico relevante para a população e para os jovens.
A ausência de políticas públicas específicas para a juventude impõe à Educação conviver com medidas meramente economicistas e desestimulantes para a comunidade escolar retratadas, entre outros aspectos, na estrutura física das escolas; insuficiência e desatualização dos equipamentos e materiais pedagógicos; condições de trabalho dos(as) educadores(as); proposta pedagógica pouco atrativa sem significado para o jovem, tornando a escola desinteressante, com pouca participação das famílias, e os adolescentes e jovens sem perspectivas de uma vida melhor.
Valorização da Educação - Nesse sentido, o Sintep/MT reafirma sua incansável luta pela valorização da Educação e entende que somente dessa forma é possível garantir aprendizagem de qualidade, para ajudar a livrar os filhos e filhas de todos os mato-grossenses do analfabetismo funcional, do desemprego e subemprego, da violência e criminalidade, enfim, da exclusão social e da morte.
