Com o tema "Análise da conjuntura nacional e mundial: O desenvolvimento sustentável e os déficits de trabalho decente", a diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, abriu o segundo dia da Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente, hoje (26) de manhã, no Cenarium Rural, em Cuiabá. Realizado pela Superintendência do Regional do Trabalho e Emprego em Mato Grosso (SRTE-MT), o evento conta com a participação da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), entre outros segmentos.
A Central é representada por 30 delegados, dos quais, 17 são do Sintep/MT. Para a secretária geral da entidade, Vânia Miranda, a Conferência é fundamental para a formulação de propostas qualificadas que serão levadas à etapa nacional. "Dessas discussões, surgirão importantes instrumentos para garantir trabalho decente a todos os brasileiros", ressaltou. O diretor do polo regional Noroeste - Vale do Juruena do Sindicato, Ailton Oliveira de Amorim, concorda que o debate cria parâmetros para subsidiar a luta por condições dignas de trabalho. "Mas, para isso, é preciso assegurar a efetividade das ações previstas na Agenda do Trabalho Decente", afirmou.
A preocupação do sindicalista está baseada no atraso da divulgação da Agenda, que ocorre apenas agora, mesmo tendo sido aprovada em 2009. Um dos eixos fundamentais do documento é o respeito aos princípios expressos na Declaração dos Direitos e Princípios Fundamentais no Trabalho da OIT, adotada em 1998. São eles: liberdade de associação e de organização sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva (Convenções 87 e 98); eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório (Convenções 29 e 105); abolição efetiva do trabalho infantil (Convenções 138 e 182) e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e ocupação (Convenções 100 e 111).
Conjuntura - Laís Abramo destacou que no Brasil ainda persistem importantes desafios, como erradicar as práticas de trabalho escravo e infantil, problemas com desemprego juvenil, discriminação racial e de gênero no ambiente de trabalho, entre outros. "Temos avanços, mas é preciso progredir ainda mais na política nacional a favor do trabalho decente, com comprometimento do governo, empreendedores, trabalhadores e sindicatos, que têm papel essencial nos processos de negociação coletiva e defesa de direitos", frisou a palestrante. 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 26/10/2011 00:00:00


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