A Confederação Nacional dos
Trabalhados em Educação (CNTE) realizou hoje a 5ª Marcha Nacional em Defesa e
Promoção da Educação Pública,
A marcha teve dois outros
focos centrais: a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) pelo Congresso
Nacional; e o cumprimento integral, em todo o Brasil, da lei do piso salarial
do magistério.
Ao longo da manhã desta
quarta-feira, os manifestantes caminharam do Estádio Mané Garrincha até o
Congresso Nacional, passando, também, pelo Palácio do Planalto. Também foi
realizado um ato público em frente ao Congresso. Nele, foram fincados na grama
em frente ao Parlamento estacas que pediam 10% dos recursos do PIB para a
Educação. Os integrantes da marcha, que também carregavam slogans pelo aumento
de recursos para a Educação, lotaram o gramado do Congresso Nacional.
Cartões de Assinatura
A Campanha Nacional Pelo
Direto à Educação conseguiu 10 mil das 140 mil assinaturas coletadas em todo o
país para os cartões postais de apoio aos ideais da marcha. Parte desses
cartões assinados foi entregue para o ministro da Secretaria Geral da
Presidência da República, Gilberto Carvalho, e para a presidente da Comissão de
Educação e Cultura da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), que prometeu
levar as assinaturas para a presidenta Dilma Rousseff. "Eu acho que o governo
tem que receber os cartões como uma clara demonstração da sociedade brasileira
de que o investimento hoje em educação não é suficiente", afirmou Daniel Cara,
coordenador da campanha.
Durante os atos da marcha, o
relator do Plano Nacional de Educação (PNE) na Câmara dos Deputados, deputado
Ângelo Vanhoni (PT-PR), disse que o relatório do PNE deverá ser entregue à
Comissão de Educação da Câmara na próxima terça-feira (1/11) e deverá ser
votado pela Casa até o final de novembro. Depois, o projeto segue para análise
do Senado. Vanhoni disse que cerca de
três mil emendas foram apresentadas ao projeto até agora. Ao discursar na
comissão, o deputado chamou atenção para o problema da falta de recursos para a
educação.
Ao final da marcha, membros
da CNTE foram recebidos pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Ao ministro
também foram entregues parte dos cartões assinados por brasileiros de todo o
país em prol dos 10% do PIB para a educação.
Haddad falou do avanço da educação no Brasil nos últimos anos: "Eu acho
que os trabalhadores em Educação se sentem mais valorizados depois do governo
Lula". Mas reconheceu que a luta ainda tem que continuar: "Eu acho que o
professor ganha menos do que deveria. Poderia ganhar 60% a mais do que ganha
para se equiparar às outras profissões de ensino superior".
Fonte: CNTE