"A História do negro na construção da sociedade brasileira e seu legado nos aspectos sócio, político, cultural e econômico." Esse foi o tema das palestras proferidas pelas professoras Cândida Soares da Costa, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e Lori Hack de Jesus, da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), hoje (11) à tarde, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). O debate faz parte do III Seminário Estadual de Educação Étnico-racial organizado pelo Sindicato e evidenciou a importância de se fazer um resgate histórico da cultura africana e sua aplicação no currículo escolar.
Para Cândida Soares, elucidar a população quanto a sua cultura faz parte do processo desta mudança. "Nós não chegamos onde estamos sem políticas e teorias bem definidas. Para a questão étnico-racial é necessária a prática, contribuição do governo nas mudanças curriculares e, também, a participação da população," enfatiza.
A falta de espaços para formação dos trabalhadores da educação interessados no tema foi um dos pontos levantados no evento. "Na UFMT tem um grupo que debate as questões raciais, mas falta uma disciplina que forme professores especializados na temática. Existe a demanda e interesse, mas falta espaço,"  exemplificou Lori Hack .Do mesmo modo, Cândida Soares questionou a não abordagem do assunto nos cursos de formação inicial. "A educação étnico-racial está presente só na formação continuada, mas ausente na inicial," observou.
Durante o seminário, o secretário de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, e a coordenadora do projeto vencedor do concurso de Projetos Mama África, Neusa Maria de Oliveira, relataram a  viagem feita a Cabo Verde, um  intercâmbio entre o Sintep/MT e o Sindicato dos Professores da ilha de Santiago  (SIPROFIS).
Além da mesa-redonda, o primeiro dia do seminário contou com a participação do aluno da Escola Estadual Liceu Cuiabano que apresentou o "Histórico do negro em Mato Grosso".
A Lei 10.639 passou a incluir o estudo da temática História e Cultura Afro-brasileira no currículo oficial do ensino básico das redes públicas e privadas. Mas, mesmo após oito anos, ainda não está presentes na a maioria das escolas. 


Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 11/11/2011 00:00:00


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