O diretor regional do polo Nortão
III do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT)
e vereador do município de Cláudia, a 608 km de
Cuiabá, Antônio Cândido da Silva, sofre ameaças e pressão da Câmara Municipal. Desde
o início do mandato no Legislativo Municipal, o sindicalista tem cobrado de
forma veemente uma maior atuação da prefeitura e dos vereadores para solucionar
os problemas da educação.
Dentre as reclamações feitas pelo sindicalista,
estão a implantação do piso salarial e a regularização dos pagamentos em atraso
dos trabalhadores da educação. Secretário da Comissão de Educação, Saúde e
Assistência Social da Câmara Municipal, o vereador Antônio Cândido (PT) tem
voltado sua atuação na luta em defesa da melhoria da educação. No entanto, suas
cobranças são ignoradas pelo prefeito Vilmar Giachini e demais vereadores. Cansado
do descaso dos Poderes Executivo e Legislativo Municipal, o vereador questionou
duramente a postura dos seus colegas parlamentares.
Diante da luta incansável pela
melhoria da educação e das duras críticas ao atrelamento dos dois Poderes, os
vereadores situacionistas decidiram criar uma Comissão de Ética, na Câmara
Municipal, na sessão do dia 29 de agosto, e abriram um processo contra Antônio
Cândido. Presidida pelo vereador Carlos Roberto Lazarin (PP), a comissão tem
como relatora a vereadora Maristela Fátima Fávero Loss (PMDB) e como secretário
o vereador Arnaldo França (PSDB).
Segundo Antônio Cândido, as regras
da Comissão de Ética determinam que o processo deva ser julgado em cinco
semanas. Vencido o prazo e sem nenhuma prova contra o vereador petista, a
comissão decidiu pedir a prorrogação do prazo por mais 10 dias. "Até agora não
foi encontrado nada que me desabone. Espero que essa situação se resolva com a
maior brevidade para que eu possa dar continuidade à luta em defesa da
educação", afirma Antônio Cândido.
Ameaça recorrente - Essa não é a primeira vez que
tentam barrar a luta do vereador sindicalista para garantir a melhoria da
educação e as reivindicações da categoria. Durante a greve da educação em 2010,
Antônio Cândido e o presidente da subsede do Sintep/MT de Cláudia, Edson
Sauthier, pediram proteção de vida à Secretaria de Estado
de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) devido às ameaças de morte e
perseguições, durante a mobilizarão sindical.
Pau e Prosa Comunicação