Trabalhadores da Educação de Alto Boa Vista, a 1.064 km de Cuiabá, mantêm greve iniciada no dia 14 de
outubro. A decisão foi aprovada em assembléia geral realizada ontem (16) no
município. A categoria reivindica a adoção da gestão democrática, piso salarial
de R$ 1187,00 conforme lei 11.738/2008 e
a reestruturação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), com
a inclusão de todos os funcionários, de acordo com a Lei 12.014/2009.
A categoria
realizará hoje (17) uma manifestação contra o Executivo Municipal, e percorrerá
as ruas da cidade para colher assinaturas do abaixo-assinado contra a quebra de
compromisso da prefeitura em solucionar os problemas da educação.
De acordo com a presidente da subsede dos Trabalhadores no Ensino
Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Elione José da Costa, "a prefeitura não quer mais
sentar para dialogar". O impasse é decorrente do não cumprimento da proposta
apresentada pelo prefeito Wanderley Perin, no dia 26 de outubro, durante reunião na
Comarca de São Felix do Araguaia. Na ocasião, o prefeito apresentou um ofício,
concordando com o aumento do piso salarial, a gestão democrática, e se
comprometeu em apresentar até o dia cinco de dezembro, uma nova proposta que
incluiria a reestruturação do PCCS.
Apesar
do compromisso firmado em ofício, o "prefeito não cumpriu com a palavra", diz a
sindicalista. "No dia seguinte da reunião, o prefeito entrou com uma ação na
justiça, pedindo o fim da greve", completa. A ação foi favorável à prefeitura
que, em seguida, aprovou apenas o aumento do piso salarial dos trabalhadores,
em cumprimento da liminar proferida pela Comarca de São Felix, que obrigava o
pagamento do piso.
Fonte: Pau e Prosa Comunicação