Apesar dos avanços econômicos e sociais dos últimos anos, a herança escravocrata brasileira continua a ferir a esperança de vida de milhões de afrodescendentes no Brasil, principalmente das mulheres negras. A realidade mostra que os porões dos navios negreiros foram substituídos por outros cenários de exploração e discriminação como as favelas, cortiços e escolas.
Um significativo passo de enfrentamento a esse quadro de injustiça social foi dado com a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial que, juntamente com outros instrumentos de políticas públicas, formam um considerável conjunto de mecanismos de apoio, proteção e direcionamento ao combate ao preconceito racial no País. Mas, muito ainda precisa ser feito.
Nesse contexto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), por meio do seu Coletivo Antirracismo Dalvani Lellis e de todas as suas secretarias, tem se empenhado para disseminar uma cultura antirracista não só nas escolas, como também, no meio sindical e na sociedade, com base nos encaminhamentos de seu 5º Encontro Nacional, que definiu a criação de uma Coordenação Nacional representativa das diversas regiões do Brasil, além da publicação de um Caderno de Educação próprio.
A CNTE continua ativa em defesa das ações afirmativas na educação, apoiando as políticas públicas voltadas à garantia de direitos para a população negra, fortalecendo seu Coletivo Antirracismo e entendendo que a política educacional para as relações étnicorraciais e para as comunidades quilombolas, não pode ser tratada com um tema geral de diversidade ou como um mecanismo de educação inclusiva, mas como uma política educacional fundamental para o conjunto da população brasileira.

 

Fonte: CNTE

Cuiabá, MT - 18/11/2011 00:00:00


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