A mobilização promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para o Dia Mundial de Luta contra a Aids foi um sucesso. Escolas de todo o país envolveram seus alunos em atividades especiais para o 1° de dezembro, em parceria com os sindicatos filiados à Confederação. As crianças e jovens compartilharam informações sobre prevenção e sexualidade responsável. Estima-se que cerca de um milhão de estudantes tenham participado. Em Brasília, mais de mil alunos de 63 escolas estiveram presentes em uma aula aberta na Praça Zumbi dos Palmares, no centro da cidade. A atividade, organizada pelo Sinpro, ocorreu pela manhã, à tarde e à noite, com a participação de colégios diferentes em cada turno. Assista ao vídeo produzido pela CNTE sobre o Laço Vermelho nas Escolas.



Os estudantes da capital federal se mobilizaram também em suas próprias escolas, a exemplo dos alunos da Escola Júlia Kubtschek, na Candangolândia, cidade satélite a 12 quilômetros de distância Brasília. Eles pintaram cartazes e confeccionaram o laço símbolo do movimento. Já em Recife, o Sintepe organizou professores e alunos para distribuirem panfletos e preservativos para a população, com o intuito de minimizar o preconceito e levar informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Também ocorreram atividades em outras sete escolas da cidade. Na capital piauiense, as ações do Dia Mundial de Luta Contra a Aids começaram no início da semana, com uma Oficina de Mobilização e Conscientização na Escola Firmina Sobreira, na segunda-feira (29). A ação foi coordenada pelo SINTE-PI, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde. E no dia 1° de dezembro o laço vermelho enfeitou também as escolas Edgar Tito e Helvídio Nunes. Maceió também iniciou a discussão uma semana antes, nos dias 22 e 23 de novembro. Em uma parceria entre o Sinteal, Ufal, Fecomercio, Sesau e SEE, foi realizado um seminário na Associação Comercial da cidade, com palestras, debates, oficinas e até uma mostra cultural de trabalhos dos alunos de escolas públicas de Alagoas. Na oportunidade, foram pensadas estratégias de promoção à saúde e de enfrentamento das doenças sexualmente transmissíveis e da violência nas escolas. Formação A mobilização do 1° de dezembro deu visibilidade às ações do projeto EPT-Aids-Brasil, iniciativa da Internacional da Educação da América Latina, coordenada no Brasil pela CNTE, em parceria com os ministérios da Educação e da Saúde. Por meio de seus filiados, a Confederação promove eventos de formação de educadores em todo o país. O intuito é capacitá-los como multiplicadores, aptos a debater a prevenção da Aids e outras DSTs e da gravidez na adolescência com seus alunos. Para o presidente da CNTE, Roberto Leão, a escola é espaço estratégico no combate à epidemia do HIV. "Nós consideramos que a escola é o espaço para fazer esse debate, essa discussão, onde os jovens e adolescentes estão iniciando sua vida sexual, para poderem ter uma discussão sem hipocrisia, franca e aberta. Para saberem que a Aids não tem cura. Que a única cura é a prevenção", afirma Leão. A vice-diretora da Escola Júlia Kubtschek, na Candangolândia, participou da mobilização no Distrito Federal e ressalta o papel do educador como multiplicador. "Nós acreditamos que, por eles serem jovens, terem uma vida sexual, eles sabem de tudo, como pode pegar, como não pode, mas isso não é verdade. Eles têm muitas dúvidas. Sexo é um assunto delicado e muitas vezes eles não têm essa abertura em casa. Como sentem bastante confiança no professor, eles se sentem à vontade para perguntar, para tirar suas dúvidas", ressalta a vice-diretora.

Cuiabá, MT - 02/12/2011 00:00:00


Print Friendly and PDF

Exibindo: 5991-6000 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter