Com a presença dos presidentes e secretários-gerais dos filiados da Internacional da Educação (IE) na região, aconteceu na sexta-feira (2) a Primeira Reunião do Conselho de Presidentes e Secretários-Gerais, designado pelo Comitê Regional da Internacional da Educação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) compareceu ao evento.

A VII Conferência Regional da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) criou este conselho a fim de ampliar a discussão e a articulação na região.  Reúnem-se anualmente em frente à sua base e está ligado ao Comitê Regional.

Hugo Yasky, presidente da IEAL, fez uma análise como o atual momento da América Latina é propício para mudanças que permitam alcançar a justiça social, "mas não podemos ignorar que ainda há países em manutenção e aprofundamento do modelo neoliberal e cujas pessoas estão resistindo e outros países, apesar das contradições, foram capazes de lançar um novo modelo de países", ressaltou Yasky.

Ele lembrou que a América Latina disse não à ALCA durante 6 anos, fato que foi comemorado recentemente em Mar del Plata, mas ainda há países com TLC. "Devemos ser reconhecidos como parceiros legítimos nos espaços de integração da América Latina e aos nossos próprios governos. Como sindicatos da educação, devemos ter nossa visão enquanto política educativa".

María Teresa Cabrera, integrante do Conselho Mundial da Internacional da Educação e secretária de relações internacionais da ADP da República Dominicana, informou que em recente Conselho Executivo Mundial discutiu o tema dos cortes em políticas sociais que estão sendo impostas em países europeus e do norte financeiro.

Além disso, o Comitê Executivo Mundial da IE recebeu calorosamente a proposta da América Latina de que a Segunda Conferência Mundial da Mulher ocorra nesta região.

Stella Maldonado, Secretária Geral da CTERA Argentina e integrante do Conselho Executivo Mundial da IE, levantou uma visão muito crítica das propostas feitas pelos governos para superar a crise. Em resposta, Maldonado ressaltou que a solução para a crise não é econômica, mas política, e, por isso, na América Latina, "estamos recuperando o papel do Estado presente na regulação do mercado e do investimento socialmente responsável". Em suma, existem outras maneiras de superar a crise e os sindicatos devem propor outro modelo que vai além do mero valor financeiro.

Senén Niño, presidente da FECODE Colômbia e membro do Conselho Executivo Mundial da IE, destacou a posição da OCDE em manter e sustentar os cortes e ataques à educação pública. Também relataram a forma como o Conselho Executivo definiu dar prioridade à campanha em defesa da educação pública como direito humano, o que, para a América Latina,  aumenta o financiamento e a garantia pelo Estado.

A América Latina também sugere que o VII Congresso Mundial da IE, em Ottawa, no Canadá, deve ser um lugar onde as regiões podem fazer um equilíbrio em termos de políticas educacionais (financiamento, os salários dos professores, número de alunos por sala de aula, carreira docente etc), a fim de fazer com que nos Congressos Mundiais se possa debater sobre o estado da educação nos países.

O Conselho se reuniu como prévia do Encontro Para um Movimento Pedagógico Latino-americano que acontece entre os dias 5 e 7 de dezembro, em Bogotá, Colômbia.

 

 

Cuiabá, MT - 05/12/2011 00:00:00


Print Friendly and PDF

Exibindo: 5991-6000 de 7589

Facebook

Curta nossa página no Facebook

Twitter

Siga nosso perfil no Twitter