Os servidores públicos de Luciara (
O objetivo é chamar a atenção da comunidade para que possa haver negociação entre o prefeito Parassu de Souza Freitas e os grevistas. Os trabalhadores da Educação pedem o cumprimento da legislação local e nacional que obriga o Executivo a enquadrar todos os servidores em novos planos de carreiras.
Os planos foram aprovados em 2010 e 2011, mas o chefe do Executivo alega que está impedido de cumprir a legislação por causa do período eleitoral deste ano. Há duas semanas, o prefeito determinou o corte de ponto e parte do salário dos trabalhadores
"É bom destacar que não se trata de aumento salarial, e sim de assegurar direitos garantidos antes da abertura da tão evocada restrição do período eleitoral, uma vez que as leis aprovadas foram de autoria do Executivo e sancionada pelo mesmo", disse o secretário das Redes Municipais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Alex Ferreira da Cruz.
O motivo do impasse, ele explica, é que as leis estabeleceram salário inicial das carreiras e evolução em duas dimensões: formação e tempo de serviço. "No entanto, o enquadramento não foi feito pelo Executivo, mesmo com a lei determinando prazo para tal. A negação desse direito causa danos aos salários, já que sem o enquadramento, mesmo os que têm mais tempo de serviço ou que tenham mais formação receba salários iguais aos demais", frisou Alex da Cruz.
Hoje, mais de 80% dos servidores, muitos com mais de 20 anos de serviço, recebem um salário mínimo, enquanto contador e assessor jurídico recebem salário inicial de R$3,5 mil. Os professores, muitos com especialização, recebem de R$ 1,1 mil a R$1.380.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) estão atentos ao desfecho da greve, assim como o Sintep/MT, e dando suporte à decisão dos trabalhadores.