Professores que atuam na zona rural do município de Rondolândia (1.600 km de Cuiabá) estão em greve desde o dia 7 de agosto e não há prazo para o retorno das atividades. Segundo o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) de Rondolândia, Elias Rodrigues Eduardo Neto, o movimento foi iniciado devido ao descumprimento da Lei Municipal 258, que alterou o Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS), desfavorecendo os educadores e deixando de realizar as promoções e progressões dos servidores da Educação.

As mudanças foram sancionadas em 10 de abril deste ano e contrariam as reivindicações da categoria. "Nunca fomos favoráveis às alterações na Lei". Entre elas estão a redução na carga horária de trabalho, alteração dos coeficientes para promoção e enquadramento funcional e manutenção do piso salarial defasado (R$ 1,1 mil). A categoria reivindica o valor inicial em R$ 1.451,00.

O sindicalista declarou que a situação se agrava, pois a gestão municipal não busca diálogo com os servidores e acaba impondo decisões sem sequer consultar os trabalhadores da educação, como foi o caso das alterações na Lei 258. "O prefeito informou que o PCCS passaria a ser cumprido, assim que as mudanças fossem sancionadas. A decisão foi acatada, pois os professores queriam que o PCCS fosse posto em prática". Ele cita que nos últimos meses, uma mínima parte do efetivo da Educação foi enquadrada pela nova legislação, porém o processo foi feito de forma irregular, já que não levou em consideração o tempo de serviço dos servidores. "O enquadramento funcional na educação é feito por meio da análise do tempo de serviço e da escolaridade, itens que não foram obedecidos corretamente pela gestão municipal", explica.

O presidente da subsede de Rondolândia reitera que dessa forma os professores acabaram sendo prejudicados. A expectativa da categoria é a de que o Executivo municipal se posicione sobre as alterações na lei, caso contrário o movimento será mantido.

Ao todo, 60 professores atuam nas três escolas municipais de Rondolândia. Destas, duas estão localizadas na zona rural e uma na zona urbana, que funciona de forma cooperada com o governo estadual e não aderiu ao movimento. Com a paralisação das atividades, 230 alunos estão sem aula.

 

 

Cuiabá, MT - 10/08/2012 00:00:00


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