Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) estão participando das mobilizações contra a precariedade nos atendimentos realizados pelo MT Saúde. O movimento é organizado pelo Fórum Sindical de Servidores do Estado de Mato Grosso. Segundo o secretário de Finanças do Sintep/MT, Orlando Francisco, os manifestantes estão acampados desde segunda-feira (20), na sede do instituto, como forma de protesto. Não há prazo para encerrar o movimento, que já conta com a participação de 16 sindicatos estaduais.

Na terça-feira (21), integrantes do Fórum foram ameaçados de prisão. "A Polícia Militar foi acionada e informou que caso não deixássemos o local, seríamos presos". A situação foi contornada e os manifestantes continuaram no MT Saúde até o final da noite. Na quarta-feira (22), logo pela manhã, os sindicalistas retornaram para o local. Na quinta-feira e sexta-feira o movimento seguiu em massa. A mobilização é devido ao déficit de atendimentos. Desde o mês de julho, hospitais como São Mateus, Santa Casa de Misericórdia, Amecor e Femina deixaram de atender os pacientes que eram conveniados ao plano MT Saúde. A justificativa é de que os repasses estaduais estão atrasados. Atualmente, 46 mil pessoas, sendo 17 mil titulares, são usuários do plano estadual.

"Os atendimentos não estão sendo feitos na sua integralidade. Pacientes do interior estão vindo até Cuiabá, pois não conseguem ser atendidos. Isso mostra o descaso do governo com os servidores. Essa é uma situação de calamidade. Queremos que isso seja amenizado". Orlando Francisco destaca que durante reunião com a categoria, o governador Silval Barbosa e membros a Secretaria Estadual de Administração (SAD) manifestaram descaso. "Ele [Silval Barbosa] informou que não iria mais se manifestar sobre o MT Saúde e que a resposta seria apresentada em outubro deste ano, quando ele entregaria nova proposta para a empresa que administra o plano".

Responsável pela gerência do MT Saúde, a operadora São Francisco relata os atrasos nos repasses estaduais como justificativa para o déficit nos atendimentos médicos, cirurgias, consultas e demais serviços realizados pelo MT Saúde. "Solicitamos uma reunião com o governo do Estado e a São Francisco para esclarecer a situação. Enquanto a operadora afirma que não recebe os valores, o governo destaca o pagamento", explica Orlando Francisco. O sindicalista detalha ainda que devido à situação, muitos médicos também têm deixado de atender os conveniados. "Chegamos ao ponto de não ter mais neurologistas e psiquiatras". Contrários às Organizações Sociais de Saúde (OSS), que atualmente administraram todos os hospitais regionais do Estado e inúmeras unidades municipais de saúde, o secretário do Sintep/MT completa dizendo que os trabalhadores da Educação defendem a saúde pública e aguardam resposta do Estado.

 

 

Cuiabá, MT - 24/08/2012 00:00:00


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