Alunos da Escola Municipal de Educação Básica Júlio Corrêa, em Várzea Grande, correm risco de não ter local para concluir o ano letivo de 2012 e sequer ter espaço para iniciar as aulas no próximo ano. A situação perdura há dois anos, desde a época em que mudou de local devido a um programa do governo federal. Segundo documento encaminhado ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), o prédio onde funcionava a instituição de ensino, localizado no bairro São Mateus, foi cedido a uma escola da rede estadual, com intuito de atender clientela do ensino médio e também dos 7º, 8º e 9º anos da educação básica. Devido à situação, a Escola Júlio Correa foi deslocada para o antigo prédio da Fundação Abrassa, um ambiente alugado e que recentemente foi leiloado.

Segundo o presidente da subsede do Sintep/MT em Várzea Grande, Gilmar Soares Ferreira, a situação já é de conhecimento da Prefeitura Municipal, mas até o momento nada foi feito para garantir os direitos dos estudantes, servidores e comunidade. "A escola está ao léu. A direção da instituição de ensino tem lutado para garantir o espaço junto ao poder público, mas não há movimentação a favor". O caso sequer tem sido tratado pelo setor público como prioridade.

O diretor da escola é o professor Idenilson Henrique Pinheiro. De acordo com o presidente da subsede, a situação da Júlio Correa é de total instabilidade tanto para professores e servidores, quanto para os estudantes. "Com o transtorno, os educadores não têm condições de estruturar o planejamento de ensino, pois não sabem como será o futuro. Já em relação aos alunos, estes sofrem por não saberem se terão local para continuar os estudos".

Conforme o sindicalista, o Sintep/MT tem atuado no intuito de cobrar do poder público uma solução para garantir educação de qualidade aos alunos e comunidade. "Desde a época em que houve a primeira mudança, quando foi preciso deixar o prédio no bairro São Mateus, estes profissionais têm sofrido. Foram meses para que a equipe educacional se restabelecesse", destaca Gilmar Ferreira, que reforça a necessidade de ações do Ministério Público Estadual.

Para o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, o direito à educação deve ser garantido pelos órgãos públicos, porém em Várzea Grande não está sendo cumprido. "É inadmissível que o poder público faça isso com a população. É necessário ter compromisso com a educação e isso é garantido em lei". Ele reforça a criação de um movimento, organizado pela sociedade local, para protestar contra a situação vivenciada na escola Júlio Corrêa. Além disso, solicita que os candidatos a prefeito de Várzea Grande apresentem propostas relacionadas à educação e que solucionem a situação da instituição.

 

 

Cuiabá, MT - 29/08/2012 00:00:00


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