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Escolas estaduais de Várzea Grande e possivelmente de todo o Estado de
Mato Grosso estão sem acesso a internet. A denúncia é dos profissionais da educação, especialmente dos professores e da gestão das escolas que necessitam da internet para acessar o sistema de informação da Secretaria de Estado de Educação (Secuc/MT).
A reclamação é geral por parte dos professores que podem ter comprometido todo trabalho de documentação do processo pedagógico que já é causa de muito sofrimento, em função das precárias condições de acesso a internet nas escolas o que os obriga a levar trabalho para casa.
Relatos de gestores revelam que o problema não é maior, em algumas escolas, pelo fato de terem a internet paga pelo governo federal. Outros relatos apontam para os "jeitinhos" como pagar modem com recursos da própria escola ou do próprio bolso dos profissionais.
Notícias que circulam nos bastidores apontam que, há quase um mês, o próprio órgão central e as Assessorias Pedagógicas tiveram suas linhas telefônicas cortadas. Outras situações, como a determinação de retorno de profissionais em licença prêmio para o trabalho antes do fim do gozo da referida licença, podem estar demonstrando que o orçamento da Seduc não tem dado conta de atender as demandas do atendimento educacional nas escolas públicas de Mato Grosso, que a cada dia vem crescendo e se tornando mais exigente do ponto de vista de pessoal e infraestrutura para manter as escolas.
O Sintep/MT vem denunciando há anos que segundo a lógica do crescimento
vegetativo do orçamento da educação (frente ao crescimento e complexificação do atendimento da demanda) e da forte e contínua retirada de recursos da educação por meio das políticas de renúncia e isenção fiscal, a Secretaria de Estado de Educação está falida.
Marcha dia 19 - O abandono da escola pública pelo governo do Estado será um dos temas da Marcha Estadual de Educação promovida pelo Sintep/MT para cobrar melhores condições de aprendizagem nas escolas mato-grossenses.
Para o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes do Nascimento, se a Seduc não tem dinheiro para pagar conta de telefone e internet nas escolas, qual será então a condição de garantir escola de tempo integral para os alunos; ensino médio profissionalizante e inovador aos adolescentes e jovens; educação de jovens e adultos de qualidade; profissionalização de funcionários; reforma e construção de novas escolas?
Eis aí uma forte razão para o envolvimento de todos na marcha do dia 19 de setembro. Pais, mães, alunos e educadores devem ir às ruas para mostrar seu descontentamento com os problemas vivenciados na educação
