Por decisão quase unânime, o Conselho Estadual de Saúde votou ontem (19) pela revogação da lei que permite a atuação das Organizações Sociais de Saúde (OSS)
Para Orlando Francisco, a decisão é uma resposta ao governo estadual de que a sociedade organizada não deseja a atuação das OSS no Estado. "A sociedade quer o Sistema Único de Saúde [SUS] funcionando e, principalmente, ter gestão. Recurso público existe. As transferências da União existem. O Estado não cumpre os 12% que devem ser aplicados na saúde, ou seja, a precariedade está relacionada a uma má gestão", disse.
A posição do Sintep/MT, em relação à implantação das OSS, sempre foi contrária, afirma Orlando Francisco, porque "é uma forma, na surdina, de privatizar o serviço público". Segundo o conselheiro, não se pode entregar a saúde "para uma empresa que não tem compromisso nenhum com a sociedade, que tem compromisso com o número de atendimentos em cima de um orçamento. Mas vida não pode ser contada em termos de orçamento econômico. Vida tem que ser contada pela necessidade do seu atendimento", afirmou.