Em reunião do Conselho Estadual de Educação (CEE/MT) realizada nesta terça-feira (25), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Henrique Lopes do Nascimento, fez uma apresentação com o objetivo de discutir as condições de trabalho dos profissionais da educação, o cumprimento da utilização percentual destinada à educação e o regime de colaboração no sistema educacional.
Durante a sua fala, Henrique Lopes abordou os temas em pauta e expôs aos membros do Conselho os avanços e retrocessos acompanhados durante a Conferência Nacional da Educação realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), na semana passada. Além disso, ele apontou os motivos que levaram o Sintep/MT a realizar a paralisação estadual e grande Marcha no dia 19 de setembro, que reuniu 4 mil trabalhadores da Capital e interior do Estado.
A falta de infraestrutura adequada nos ambientes escolares, a desvalorização do profissional da educação, a luta pelo piso profissional de R$ 1.937,26,  a ausência de hora atividade para os professores contratados pelo Estado e a negativa, por parte do Estado, a direitos como licenças e aposentadoria foram apontados por Henrique Lopes como alguns dos motivos que levaram à realização da paralisação e da grande marcha.
Uma das críticas feitas pelo presidente do Sintep/MT foi sobre a ausência da aplicação de, no mínimo, 25% da receita resultante de impostos, para o investimento em educação, por parte do Estado e municípios, como impõe o artigo 212 da Constituição Federal (CF-1988). Henrique Lopes  acredita que a falta desse investimento prejudica o avanço da educação em Mato Grosso. Além disso, ele sugeriu a criação de uma conta única da educação para o gerenciamento dos recursos, separando-os da Conta Única do Estado.
O modelo atual de educação (com 4 horas diárias de aulas) também foi criticado por Henrique Lopes, ao afirmar que o modelo não assegura a formação integral dos alunos.
Em pauta, o presidente do Sintep/MT abordou ainda o tema "Regime de colaboração como um caminho para organizar o Sistema Único de Educação" e, conforme acredita, a cooperação, ao invés da colaboração, é a melhor estratégia a ser traçada. "Precisamos sair da lógica do regime de colaboração para o regime de cooperação. Só através desse sistema seremos capazes de superar as desigualdades e diferenças na educação", disse.

Fonte: Pau e Prosa Comunicação

Cuiabá, MT - 26/09/2012 00:00:00


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