Em audiência com representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, dia 25, a CNTE foi informada de que os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia já contam com 52 mil matrículas em cursos do Profuncionário, devendo a maior parte das turmas iniciar as aulas em novembro, em razão das greves que afetaram o calendário escolar das instituições.
O atendimento da demanda do Profuncionário era o principal ponto da pauta da CNTE com a SETEC, mesmo a oferta dos cursos não sendo prerrogativa exclusiva do MEC. Os estados e municípios continuam com a incumbência de oferecem cursos de profissionalização aos Funcionários da Educação, porém deverão organizar o atendimento das matrículas em parceria com os Institutos Federais, a fim de evitar sobreposições de cursos em determinadas regiões.
Também sobre essa questão das matrículas, a CNTE apresentou à SETEC ofício do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima, o qual informa a decisão do Governo daquele Estado em suspender os cursos do Profuncionário, alegando estar impedido pelo MEC, que agora passou a oferecer os cursos nos IFETs. No entanto, os representantes da SETEC foram categóricos em afirmar que tal informação não procede, e que deve, sim, haver uma parceria entre MEC e Governos locais no sentido de ampliar a oferta do Profuncionário, seja pelos IFETs, seja pelas redes públicas de ensino estaduais e municipais.
Outro ponto da audiência foi sobre a inclusão de três novos cursos técnicos educacionais no Catálogo da SETEC, sendo eles, o de Técnico em Transporte de Escolares, Técnico em Desenvolvimento Infantil e Técnico em Orientação e Acompanhamento Escolar, este último voltado ao atendimento dos estudantes nos diversos espaços escolares em substituição aos antigos inspetores de alunos. A SETEC tem estudado a inclusão desses cursos em seu Catálogo, e pretende ampliar o debate no Conselho Político do Profuncionário.
Sobre o referido Conselho Político, a CNTE cobrou da SETEC a nova regulamentação do colegiado, agora vinculado à área tecnológica do MEC, e a regularidade das reuniões para organizar a pauta dos cursos em todo país. Neste momento, o MEC tem investido na reformulação dos módulos didáticos do Profuncionário, e é importante a participação social nesse processo.
Nos próximos dias, a CNTE voltará ao MEC para conversar com a Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino, no sentido de buscar formas de fomentar os planos de carreira para os Funcionários da Educação nos estados e municípios. Segundo dados da SETEC, a adesão ao Profuncionário é mais significativa nos locais onde há planos de carreira vinculando a formação profissional à valorização dos/as trabalhadores/as.

Cuiabá, MT - 26/10/2012 00:00:00


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