O Sintep 
- Noticias Sintep.
A análise de conjuntura, na abertura do Planejamento Estratégico 2019, do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), nesta segunda-feira (21.01), trouxe para cena reflexões sobre a “crise” gerada pelo capital especulativo e os impactos dela no mundo, no Brasil e em Mato Grosso.
Conforme o educador popular, Jeová Simões, as diferentes marchas migratórias dos povos no mundo (Venezuela, Síria, Honduras) são resultados do desmonte econômico que tem deixado nações inteiras na miséria e levado populações a transladar para outros lugares em busca de condições de vida, comida e trabalho.
Para Simões, o capital tem travado uma luta mundial com os povos pelo domínio dos poucos recursos naturais. A relevância dessa compreensão dará o entendimento do porquê das políticas “desenvolvimentistas” feitas pelo atual governo brasileiro, desde a disputa pelo petróleo (quebra da Petrobras) a entrega da Amazônia (recursos naturais). “Atualmente até mesmo as viagens para a Lua, agora com os chineses, tem como projeto a exploração de recursos, o que tem gerado disputas tecnológicas entre as grandes potências”, afirma.
Como resultado dessa luta internacional os países que mantém esses recursos são alvo de ataques, e para isso é necessário o desmonte de direitos sociais, precarização do emprego. “No caso do Brasil o atual governo mostra uma indefinição das Políticas Públicas e, neste cenário a tentativa de desmonte nos diferentes segmento, em especial nos direitos trabalhista, trazendo grande impacto nos sindicatos. A luta sindical é instrumento de políticas não apenas trabalhistas, mas também sociais.
No âmbito estadual, a análise de conjuntura foi feita pelo secretário de redes municipais do Sintep/MT, Henrique Lopes. Segundo Lopes, o governo Mauro Mendes faz o alinhamento com o projeto nacional e traz políticas ainda mais duras para a população do que aquelas implantadas pelo antecessor, Pedro Taques.
“O Brasil fortalece a aliança com a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) se mantendo um produtor primário, fortalecendo as políticas de exportação”, relata. O modelo, velho conhecido dos brasileiros e dos mato-grossenses, visa beneficiar aqueles segmentos que historicamente estão melhor colocados na cadeia alimentar do capital. A reendição do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação), uma das medidas anunciada no pacote de Mauro Mendes para votação na Assembleia Legislativa, é visto pelo dirigente como instrumento de ilusão. “Cobrar R$ 450 milhões do agronegócio é rendição de um setor que deveria pagar cerca de 3 milhões/ano em impostos”, disse.
O Planejamento estratégico do Sintep/MT é um espaço para alinhar as atividades e ações para 2019 junto com os dirigentes que compõem o quadro estadual do sindicato. As discussões ocorrem até dia 23 de janeiro e reúne cerca de 40 diretores.
Veja as fotos no facebook do Sintep/MT
Assessoria/Sintep-MT
