O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) participou de mais uma reunião na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para cobrar respeito as especificidades educacionais no estado. Depois do atropelamento feito Educação Quilombola na semana passada, ontem (06.02) foi a vez da Educação Indígena exigir respeito do governo Mauro Mendes. Uma caravana com indígenas Xavantes de diferentes municípios apresentaram pauta de reivindicação.

Segundo apresentado pelos representantes indígenas durante a reunião, a incompreensão administrativa sobre as práticas culturais e os costumes dos povos indígenas promove recorrentes impasses para o funcionamento das escolas o que compromete o aprendizado dos estudantes. 

Para a secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT Guelda Andrade, o principal problema é a falta de compromisso do governo para atender a diversidade e especificidades educacional. “A educação é uma área estratégica para os governos e os investimentos financeiros, humanos, estruturais, seguem a agenda de interesses”.

O professor indígena da etnia Xavante e representantes da aldeia Nova Esperança, terra indígena San Marco, em Barra do Garças, Xisto Tserenhi'ru, relatou que existem conflitos com calendário escolar, práticas administrativas da escola e prestação de contas, por exemplo, que engessam o funcionamento das escolas indígenas. “Nossa metodologia de ensino é pela formação é humana, a vida escolar respeita a nossa cultura e isso tem complicação com o calendário da Seduc, para atribuição de aula, junção, compartilhamento”, disse. 

As lideranças indígenas na reunião relataram ainda as dificuldades estruturais para o atendimento dos povos, com ausência de visitas in loco nas escolas para acompanhamento, assim como profissionais específicos para atuar nas escolas (técnicos e apoio). 

A assessora pedagógica do município de Campinápolis, que acompanha a educação indígena, relatou não haver nem mesmo estrutura para o funcionamento da Assessoria, que abriga nove pessoas e documentação em uma sala com cerca de 40 metros quadrados. “Deixamos um corredor para atendimento das mais de 350 profissionais que buscam a assessoria regulamente”.

Um diretor de escola indígena pediu socorro à Seduc para fazer funcionar os banheiros da escola, que está em condições lamentáveis. Segundo ele, existe apenas um buraco para os estudantes usarem, sem pia ou vaso sanitário. “A maior parte das escolas indígenas estão com péssima infraestrutura e precisando de mais de salas de aula”, afirmou o presidente do Conselho Estadual de Educação Indígena de Mato Grosso (CEEI), Filadelfo de Oliveira Neto.

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 07/02/2019 15:33:55


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