O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) denuncia mais uma pá de cal que a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) na Educação de Jovens e Adultos. Por meio de portarias, o governo Mauro Mendes acentua o desmonte iniciado na gestão Taques e dá um novo calote na dívida social com milhares de estudantes que ficaram fora da sala de aula na fase regular para a formação. 

Os novos procedimentos implementados para a formação de turmas nas escolas de Jovens e Adultos exclui o público alvo, formado por trabalhadores e trabalhadoras ou ainda pessoas que buscam incluir a formação básica após anos afastados e afastadas das salas de aula.

Segundo denúncias feitas pelos profissionais da EJA, a Seduc-MT emitiu portarias que determinam um número de estudantes por turma, que inviabiliza a formação de salas. Para abrir uma sala de ensino fundamental são necessários 60 estudantes por período e, se forma para o Ensino Médio esse quantitativo sobe para 90. “É inviável para a realidade das escolas que tem muita procura, contudo, em níveis de aprendizado diferentes. Na média as turmas ficam entre 15 e 20 estudantes”, relata o coordenador regional do Fórum de EJA em Sorriso, professor Robson Machado.

Especificidade

Caso semelhante é registrado em Colíder, onde o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) registra desistência de matrículas por não haver compatibilidade entre o que a escola oferece e o que a Seduc-MT determina. “Temos demanda nos três períodos, porém não com volume que a Secretaria exige. Se não fecharmos turma muitos ficarão excluídos da possibilidade de estudar”, alerta o diretor do Ceja Cleonice Miranda da Silva, de Colíder, Claudio Scalon.

O público de EJA é diversificado. São trabalhadores, idosos, jovens que buscam acelerar a conclusão da formação para ascender a postos de trabalho ou prosseguir num curso superior, mães de família que querem retomar os estudos, pessoas com necessidade especiais. Todos que por motivos diversos ficaram excluídos de aprender numa etapa da vida, e agora estão atrás de resgatar esse direito.  

O caos promovido pelas novas políticas para o segmento no governo Mauro Mendes registra o esfacelamento da Educação de Jovens e Adultos em todo o estado. Várzea Grande registrou o desmonte no Ceja Licínio Monteiro, e as denúncias são recorrentes. “A busca por eficácia e eficiência não cabe direitos sociais, o foco agora são os resultados. E, como não participam dos índices da Educação, não importa se estão inseridos ou se aprendem”, denuncia o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira. 

Luta

O Sintep/MT lembra que outro grande problema causado pela política de Mauro Mendes e suas medida economicista, impactam no funcionamento das unidades. Ao alterar a formação de turmas reduziram o número de profissionais. Isso tem resultado em unidades de EJA com um profissional na coordenação para acompanhar o histórico escolar de 800 estudantes.

“A meta para esse segmento são estatísticas e para isso certificação resolve, se não for pela escola pública, empurrarão aos cursos de fachada ou até mesmo online destaca o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.  

O alerta do Sintep/MT é para que as comunidade façam a resistência e o enfrentamento para assegurar o direito à matrícula. “As pessoas precisam se organizar fazer mobilizações e exigir o cumprimento desse direto que é um dever do estado. Só a luta irá assegurar isso”, conclui o secretário de Comunicação do Sintep/MT, Gilmar Soares. 

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 13/02/2019 16:39:06


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