Mato Grosso vivencia um dos piores momentos na história da educação. O atual governador desconhece os desafios da educação do estado. Os recorrentes ataques aos/as profissionais da educação mantidos por Mauro Mendes – parcelamento de salários, atraso 13º, corte de cargos profissionais, superlotação de salas de aulas, e um pacote de maldades que atingem os direitos conquistados de todos os servidores, estão entre as muitas ofensivas.

Para governar, MM deveria conhecer a realidade das unidades escolares, observar em que condições de trabalho cada profissional da educação está submetido. Saberia que não existe privilégio no cotidiano das escolas, que profissionais e estudantes convivem com superlotação nas salas, ausência de ar condicionado, atrasos de recursos. 

A realidade dos/as diretores/as de escola em 2019 é fazer malabarismo pela ausência de recursos financeiros e humanos nas escolas, e mesmo assim iniciar o ano letivo precariamente.

O governador, na mesma linha do anterior, revela arrogância ao se recusar a dialogar com os profissionais que poderia propor sugestões à superação de problemas que se arrastam por décadas. Ao contrário, de forma irresponsável, prega o terrorismo com declarações de demissão na educação básica.

O governador ignora o fato de que iniciado o ano letivo, ainda existem crianças sem professores nas escolas estaduais, unidades sem profissionais para realizar a limpeza, estudantes deficientes sem frequentar a escola por não ter auxiliares da educação especial.

Qualidade na educação e índices educacionais de primeiro mundo exigem muito mais do que valorização profissional. É um despreparo acreditar que o processo de ensino-aprendizagem se dá apenas com o que se paga ao educador, deixando de levar em consideração questões como as condições sócio econômicas dos estudantes, a estrutura física básica das unidades escolares e as demais condições de trabalho. 

Os educadores acreditam que vossa Excelência precisa conhecer o histórico de necessidades, provocado por contínuos governos que apenas favoreceram o agronegócio com seus incentivos e renúncias fiscais, "espinha dorsal" da suposta crise financeira estadual. Pelo jeito, o atual governo opta em dar continuidade ao projeto, acrescido do descumprimento do que preceitua a Constituição Estadual de Mato Grosso.

Em relação ao piso salarial dos/as educadores/as em Mato Grosso, o governador precisa conhecer as realidades entre as carreiras do estado, para saber que piso salarial praticado em Mato Grosso, é de R$ 2.899,73 configurando-se entre o pior piso dentre as demais carreiras do Executivo.

Sugerimos ao senhor governador, que se inteire das Leis Complementares Estaduais nº 49/1998, nº50/1998, a Lei nº7.040/98, e, as Leis Federais nª 11.738/2008 e 13.005/2014, para não parecer leviano ou mal informado com a sociedade mato-grossense, que acreditou nas suas promessas de campanha.

Se o governo fosse coerente estaria falando de mais investimentos em educação e não em sucatear ainda mais as escolas e a carreira dos/as profissionais da educação. Estaria o governador dando posse a todos os profissionais aprovados no último concurso público. Estaria investindo todos os recursos da educação, na educação, para garantir condições de trabalho nas escolas assegurando infraestrutura de qualidade, bibliotecas, laboratórios, qualificação profissional, valorização profissional e carreira.

SINTEP/MT

DIREÇÃO ESTADUAL

Cuiabá, MT - 21/02/2019 17:09:00


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