O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) faz o alerta para o espírito “colaborativo” entre instituições privadas e os governos na promoção do desmonte da Educação Pública Gratuita. A mais recente ameaça vem do amparo da política privatista do Ministério da Educação (MEC) com apoio do governo do estado que terceiriza a formação continuada dos profissionais da educação da rede pública, ao incentivar a capacitação das novas regras da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pela iniciativa privada.

Passados mais de um ano da aprovação da nova BNCC para o Ensino Fundamental (15/12/.2017) e tendo os servidores da Seduc-MT já feito capacitação no MEC, será uma instituição privada, a primeira a ofertar curso de formação sobre a temática, para professores no estado. A ‘módicos’ R$ 80 reais e com aval do governo, a instituição poderá capacitar os docentes da rede pública, já que haverá o incentivo com o reconhecimento da certificação pela Seduc-MT e a utilização para contagem de pontos. 

A parceria com a instituição revela para o Sindicato a ineficiência do governo, que mantem uma estrutura de formação - Centros de Formação e Atualização de Profissionais da Educação (Cefapros) nos polos, cuja a função é promover as atividades formativas para os profissionais da educação. No entanto, desde 2018, o governo congelou as atividades dos Cefapros, deixando de investir em infraestrutura e atividades formativas. Apesar de toda as condições, a Seduc-MT cruzou os braços e não fez a lição de casa. 

“No estado temos os colaboradores, redatores do documento curricular do MT, e demais pessoas que estiveram nas formações em Brasília, pelo MEC. Seriam essas as pessoas com propriedade e segurança para falar e aprender sobre o que a Base”, argumenta o diretor regional Noroeste – Vale do Juruena – Carlito Rocha.

A secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Guellda Andrade, afirma que o governo lesa a população e os profissionais ao desconsiderar os Cefapros, e toda sua estrutura, como executores legítimos dessa formação. “Falta respeito com os servidores quando incentiva o pagamento por aquilo que deveria ser ofertado pelo governo gratuitamente. Isso é a mercantilização da formação profissional, alerta Guellda.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 14/03/2019 16:40:19


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