O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, abordou durante a análise de conjuntura, no Conselho de Representantes, neste sábado (28), as medidas adotadas pelo atual Governo de Mato Grosso e seus reflexos na qualidade do ensino e na garantia de direitos dos profissionais da Educação. A avaliação teve como base a greve de 79 dias na rede estadual, os aspectos históricos da luta sindical e, o cenário nacional atual com alinhamento das políticas de Educação.

Conforme Valdeir, ficou evidente a negação de direitos para os profissionais da educação. Nesse contexto o papel do Sintep/MT, que fez história na construção de direitos para a classe trabalhadora, agora faz o enfrentamento para não perder as conquistas consolidadas.

O presidente chama a atenção para a ameaça do governo Mauro Mendes à Lei 510/2013, que assegura correção e perdas salariais históricas, diante dos demais servidores do estado. E também, os ataques a lei da Gestão Democrática na escola, e outras conquistas históricas dos trabalhadores da educação de Mato Grosso.

Na análise ficou evidente que um alinhamento entre o governo Mauro Mendes e a Assembleia Legislativa, colocaram em risco a defesa de direitos para os educadores/as. “Os projetos apresentados na ALMT não têm beneficiado ou ampliado a cidadania das pessoas, pelo contrário retiram direitos, a exemplo da Revisão Geral Anual”, alerta. 

Valdeir cita também que após 79 dia de greve foi desvelado o fato de que o judiciário não representa o conceito de Justiça, caso contrário a Lei da RGA e a Lei 510/2013, estariam sendo cumpridas. “Agora caberá aos trabalhadores da educação e movimentos sociais assegurar que os direitos não sejam retirados. Precisaremos no próximo período ocupar todos os espaços (unidade escolar, legislativo), para fazer o debate. E o desafio maior, fazer com que no contexto atual os companheiros/as compreendam que precisamos estar unidos para resistência”, ressaltou.

Caso contrário, o cenário vislumbrado não será agradável, pois o desmonte que chega com a política privatista dos serviço no estado, seja na contratação de pessoal, na ampliação das Escolas Militares, na venda de material didático, que traz amarrações até mesmo na Política Pedagógica da escola. “O avanço privatista tem impactado sobre direitos dos que mais necessitam dos serviços públicos, seja na Educação de Jovens e Adultos ou mesmo na cobrança de pedágio, entre cidades vizinhas, que comprometem o ganho do pequeno comerciante”, concluiu

Cuiabá, MT - 28/09/2019 18:44:08


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