A Reforma do Ensino Médio, que entra em vigência a partir de 2020 no país, ganhou um olhar crítico de especialistas, profissionais da educação, professores e estudantes durante Seminário, nesta segunda-feira (14.10), na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso. A Reforma reduz as oportunidades de estudos pelos estudantes, sendo obrigatório apenas a Língua Portuguesa, a Matemática e a Língua Inglesa. Para as demais áreas abre-se espaço para oferta pela rede privada.

O debate promovido pela subsede do Sindicato de Várzea Grande, em parceria com a regional Oeste I Vale do Cuiabá, destacou as contradições da Lei 13.415/2017,  ressaltando os impactos que trará para a Educação, em especial para a formação dos estudantes nessa etapa de ensino.

O seminário apresentou uma dinâmica diferenciada ao iniciar os trabalhos com as colocações do público sobre o tema. Estudantes e profissionais apresentaram questionamento para que na sequência os palestrantes fizessem suas colocações. A constatação foi de que as informações sobre a Reforma do Ensino Médio são insuficientes e se baseiam nas propagadas divulgadas na mídia, pelo governo.

Colocações sobre ampliação da carga horária e a redução do conhecimento, Ensino Médio nas escolas do Campo, Indígena e Quilombola, ensino profissionalizante, acesso ao Ensino superior infraestrutura das escolas, militarização, desemprego e privatização da escola pública, fizeram parte dos debates.

Enfrentamento

A ansiedade do público foi material para que os representantes das instituições convidadas, como União Estadual dos Estudantes (UEE), Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), além do palestrante convidado, professor doutor da Universidade Federal de Goiás, Luiz Dourado, fizessem as colocações sobre os impactos que a medida trará para a educação pública gratuita.

O seminário recebeu ainda a contribuição do professor mestre, Carlos Abicalil, ex-deputado federal, com vivência legislativa sobre educação. E também, a participação do representante da Secretaria de Estado de Educação, coordenador do Ensino Médio, professor Isaltino Alves Barbosa, que esclareceu os posicionamentos do governo sobre a Reforma.

“Desafiador debater o Novo Ensino Médio, que não está desalinhado com a conjuntura nacional. Ele vem sem debate e atrelado ao contingenciamento de recursos (Emenda nº 95, que corta gastos pelos próximos 20 anos)”, alerta o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira. 

Segundo o presidente, é preciso estar atento para o fato que o interesse do governo não é mesmo da classe trabalhadora. “A Reforma reduz o conhecimento dos jovens e abre a Escola Pública para a iniciativa privada, favorecendo o mercado”.

O Seminário que teve a provocação feita pela subsede do Sintep/Várzea Grande, foi uma semente no que pretende ser o debate. “Essa Reforma apresenta um quadro desastroso para o projeto de Ensino Médio que temos hoje, retira disciplinas fundamentais para o conhecimento dos estudantes, apresentando alternativas, como itinerários formativos, que levam a privatização do Ensino Médio e para o desmonte da carreira docente. Por isso, a necessidade de enfrentamento”, conclui o dirigente da subsede de VG e membro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Gilmar Soares.

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Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 14/10/2019 18:57:19


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