Os ataques à educação em nosso país, infelizmente, não partem somente dos nossos governantes. A profissão do/a educador/a está tão sem prestígio e padece de tanto desrespeito que até os colegas de profissão se prestam ao papel de denunciar aqueles que exercem as suas mesmas funções.

No último dia 14 de agosto, dia da Greve Geral da Classe Trabalhadora, data que mobilizou milhões de pessoas por todo o país e que contou com o apoio fundamental das entidades sindicais de educadores em vários Estados brasileiros, duas professoras da Escola Estadual Mario Quirino da Silva, de Macapá, capital do Estado do Amapá, foram vítimas da diretora de sua própria escola. Ao contribuir com a luta dos estudantes naquele dia, que reivindicavam melhorias na alimentação escolar, as professoras foram denunciadas como agentes de incitação daquele movimento reivindicatório. A própria diretora da escola acusou as duas professoras e registrou um Boletim de Ocorrência que terminou por fomentar a ação que deixará sob julgamento judicial duas educadoras, justamente Dia do Professor.

Tudo isso foi motivado pela diretora da própria escola onde as educadoras lecionavam, em uma ação que gera, no mínimo, uma enorme descrença no ser humano. Como é possível que a gestora de uma unidade escolar se volte dessa forma contra duas educadoras que, diuturnamente, se encontram no mesmo espaço de seus locais de trabalho?

Os/as educadores/as de todo o país repudiam essa ação desqualificada da gestora que, por capricho, está encaminhando para julgamento duas educadoras justamente no dia em que se deveria comemorar a sua importância na sociedade. Toda solidariedade às professoras Liliany Félix de Oliveira e Ivaneli Carvalho Guimarães! Estamos atentos aos desdobramentos desse lamentável fato!

Brasília, 14 de outubro de 2019

Direção Executiva da CNTE

 

Cuiabá, MT - 15/10/2019 09:32:43


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