A nova realidade vivenciada no mundo do trabalho está em debate durante o Seminário Formativo da Escola Centro Oeste da CUT (31.10 a 02.11), em Cuiabá. Com a Reforma Trabalhista e a Reforma Sindical em andamento, se apresentam novos desafios para os sindicatos, na defesa dos direitos dos/as trabalhadores e trabalhadoras brasileiros/as, para desvelarem o cenário. 

“A resistência é maior quando o sindicato está organizado para entender a construção das relações de trabalho que estão sendo feitas”, destaca o secretário de Formação Sindical do Sintep/MT, João Eudes. 

O debate destaca o desconhecimento de muitos dos trabalhadores/as sobre quanto a Reforma Trabalhista é ofensiva. E quanto compromete as conquistas sindicais, a partir do momento que se propõem parcelamento de férias e contrato intermitente. Diante desse novo mundo do trabalho o desafio dos sindicatos será como representar e organizar esses trabalhadores: os terceirizados, os uberizados, os que estão na pejotização, no contrato intermitente. 

“Os prejuízos dessas e outras formas de regulamentação da relação do trabalho, só serão percebidas pelos trabalhadores no momento que eles passarem a vivenciá-las, que tiverem que negociar o salário, diretamente com o patrão, ou ainda perceberem o que é não ter mais direitos férias, 13º, e outras garantias como o FGTS e multa contratual”, destaca Eudes. 

Servidores Públicos 

As ameaças da representatividade sindical também chegam para os/as servidores/as públicos/as. O debate sobre a Reforma Sindical, apresentou indício de que os gestores irão  lidar com os direitos de sindicalização dos serviços públicos de igual forma à iniciativa privada. E o farão, conforme João Eudes, através da legislação, proibindo, intimidando, punindo, e perseguido os sindicatos no momento de enfrentamento, via multas de greves, como registrado na greve de 79 dias realizada pelo Sintep/MT.

Segundo o dirigente, que é servidor público, os ataques já estão ocorrendo e se dão nas carreiras, que são fundamentais para os serviços públicos.  “A carreira assegura elementos básicos da relação de trabalho dos servidores com os gestores. A partir do momento que determina, que dentro do serviço público, se pode terceirizar, pode contrato intermitente, temporários, ignoram a clausula pétria do movimento sindical e do serviço público, que é o Concurso Público”, afirma

E mais, os debates formativos apontam que os trabalhadores vivem momentos difíceis e o conjunto de medidas será agravado com a Reforma Administrativa, que propõe, o fim da estabilidade do concursado, e a Reforma Tributária, que impactará nos financiamentos dos serviços públicos. “O papel da Central é instrumentalizar os sindicatos e a base para fazer o enfrentamento a perda de direitos”, conclui.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 01/11/2019 19:43:02


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