Desde o dia 7 de novembro de 2019 vigora no país uma nova política de Formação de Professores. A resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) é rejeitada pelas organizações de profissionais, entre elas o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). O principal motivo é o fato dessa Resolução comprometer o currículo dos futuros profissionais, e estar em desacordo com as metas do Plano Nacional de Educação.

Segundo o secretário de Políticas Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e dirigente do Sintep/MT, Gilmar Soares, a política de formação do MEC para professores, tem como único foco adequar o currículo dos docentes à política econômica e trabalhista do governo federal. Com agravante, de injetar recursos públicos em instituições privadas. “A lógica dessa formação e capacitar novos profissionais do magistério dentro da ótica da desregulamentação do emprego público, com foco no chamado empreendedorismo”, diz Soares.

Para o Sintep/MT, a Política Nacional de Formação Docente está totalmente dissociada de medidas voltadas à valorização dos atuais e futuros profissionais da educação, sobretudo nos aspectos da melhoria do Piso, da Carreira e das condições de trabalho nas escolas. “A Resolução para Formação Docente apresenta um viés totalmente tecnicista, voltado o treinamento de a aplicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Básica. Inviabiliza a possibilidade de uma formação voltada para o campo das ciências da educação e das ciências pedagógicas”, afirma o dirigente.

A secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Guellda Andrade, chama a atenção para o fato da formação docente ser inserida no contexto da Educação à Distância. “Precisamos ficar atentos, porque apesar da importância da EAD, ela não pode ser banalizada”, disse. Conforme a dirigente, nos últimos anos a formação à distância passou a ser regra, e não exceção para garantir acesso. “Tem sido aplicada como forma de gerar lucro para as instituições privadas, acarretando graves lacunas na formação dos profissionais”, destaca.

Na avaliação de Guellda, apesar de ampliar o tempo de formação para quatro anos, a Resolução é frágil nas questões sobre formatação da metodologia de ensino, que é a forma como o docente faz para que o estudante apreenda. ‘É bastante preocupante, por exemplo, o estágio supervisionado que repare as lacunas da formação.Como será feito, à distância”, questiona.

Para o Sintep/MT, a resolução é uma ameaça, e encontrará resistência nos espaços educativos, nas escolas, em virtude de uma defesa histórica fundada em concepções e referenciais construídos coletivamente há décadas.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 14/11/2019 16:04:07


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