A apresentação dos estudantes da Banda de Percussão da Escola Estadual Marcelina de Campos, de Cuiabá, abriu os trabalhos do XVII Congresso Estadual do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), nesta quinta-feira (28.11), no Hotel Fazenda Mato Grosso. A apresentação emocionou os cerca de 600 delegados e delegadas participantes, e fez um contraponto às políticas educacionais em vigência nos planos de governo, que priorizam conhecimento da Língua Portuguesa e da Matemática.

Com o tema “A educação e o Mundo do Trabalho: Um projeto de educação para que projeto de Nação”, o XVII Congresso Estadual do Sintep/MT terá o desafio de apontar para as lutas dos próximos três anos do movimento da educação no estado de Mato Grosso. “O Congresso constrói a nossa organização no estado, nos 141 municípios, mas também nossa organização política para a resistência a essas retiradas de direitos”, afirmou o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.   

No painel de abertura, após a homenagem a duas lideranças históricas do Sintep/MT, que completarão um ano de ausência no mês de dezembro – professor Júlio Viana e a ex-presidente Jocilene Barboza –, teve início a palestra da cientista social Fabiane Previtali. A professora ressaltou a forma escancarada com que o governo federal vem desmantelando postos de trabalho, desmontando os direitos trabalhista, para implantar a precarização do trabalho com a terceirização e a uberização.

“Temos que resistir a isso. Só a mobilização coletiva, a organização através dos sindicatos, dos movimentos sociais, com a luta nas ruas é que fará frente ao conjunto de desmantelamento dos direitos trabalhistas”, disse. Fabiane ressaltou o momento é agora, e que será preciso que os trabalhadores se posicionem rapidamente. 

“O Congresso do Sintep/MT  tem um papel fundamental porque reúne os profissionais da educação pública, um dos setores mais atacados pelas políticas federais, com a Reforma do Ensino Médio, reformulando a legislação categoria e, empurrando os estudantes para o ensino profissional precocemente e de forma precária. “O governo quer formar uma força de trabalho para o mercado de trabalho de forma imediatista, tecnicista, sem nenhuma preocupação com formação crítica”, disse.

A fala da professora foi sucedida pelo também cientista político e coordenador regional da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), Combertty Rodriguez. O professor ressaltou que os dois modelos de educação - privado e o público – foram colocados em disputa, com promoção das políticas privatistas. “Existe um esforço dos governos, dos bancos, das empresas internacionais em fazerem o desmonte do Ensino Público, sustentado por uma razão política e ideológica, cujo o pano de fundo são os interesses financeiros”, disse.

“O Congresso traz para a discussão justamente a construção de um projeto Educação para construir um projeto de país, de Estado. E essa discussão tem que sair dos movimentos sociais e sindicais”, disse. 

O impacto das privatizações ter registrado, segundo Combertty, reações em toda a América Latina. “Diversos países, inclusive o Chile de tradição neoliberalismo, a população tem esboçado uma reação a esse modelo privatista. Assim como a Colômbia, Equador, Onduras e Nicarágua. Toda a américa latina está levantada frente ao modelo privatista e neoliberal”, conclui.

Confira as fotos no facebook do Sintep/MT 

Assessoria/Sintep-MT
Cuiabá, MT - 28/11/2019 21:11:52


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