Os profissionais da rede estadual no município de Vila Rica vivenciam um quadro de intimidação e ameaça na cidade. O conflito foi gerado após audiência pública chamada pelo deputado Sílvio Fávero, em 6 de dezembro, para debater o modelo de escolas cívico militar. O posicionamento contrário mantido pelos profissionais, sobre a desocupação de uma, das duas unidades estaduais, repercutiu de forma defensiva e com ofensas verbais pelos apoiadores das escolas militares
Os educadores cobram posicionamento da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) sobre as afirmações manifestadas pelo parlamentar nas mídias sociais, onde informa autorização da Seduc-MT para implantação de escolas cívico militar, no município de Sinop. “A população de Vila Rica ignora que perdera cerca de 400 vagas, com a implantação do modelo de escola militar. Com essas desinformações do deputado, intensificam-se a revolta contra os profissionais”, relatam os trabalhadores da educação e dirigentes locais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep).
A informação coloca sob suspeição as informações repassadas pela secretária de estados Marioneide Kliemaschewsk, que por ofício protocolado no Sintep/MT assegurou que o projeto de escolas cívico militar precisará ser adequado as leis atuais, antes de ser implementado.
Para os profissionais, o deputado está fazendo propaganda enganosa, pois apesar do projeto de escola cívico militar ter sido adotado pelo governo federal, e Mato Grosso ter firmado parceria, questões administrativas da gestão das escolas, assim como o investimento financeiro, ainda não foram definidas.
O Sintep/MT esclarece que não é contra as escolas militares, desde de que estas sejam mantidas com recursos da Secretaria de Segurança Pública. “Escolas militares, assim como as confessionais (religiosas), trabalham com conceitos próprios e não universais. Não podem ser ofertadas com recursos de todos se atende a interesses de alguns”, esclarece o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.