A informação de que o Governador Mauro Mendes autorizou o fechamento da Escola Estadual Nilo Póvoas, no Centro de Cuiabá, caiu como uma bomba para a população, mas, principalmente, para aqueles e aquelas que há décadas se beneficiaram ou atualmente se beneficiam do conhecimento promovido nas históricas dependências daquela escola.

A decisão de fechar a Escola Nilo Póvoas é desastrosa e há informações de bastidores de que outras escolas, todas muito bem localizadas em Cuiabá e Várzea Grande, podem ser fechadas e seus prédios ou terrenos, muito bem centralizados, estariam sendo entregues a empresários, ou seja, para a iniciativa privada. 

O fechamento da histórica Escola Estadual Nilo Póvoas foi uma bomba do Governador Mauro Mendes para a população e, para a Educação, representa uma tragédia.  O governo ao invés de investir nas escolas que optaram por ampliar o tempo do aluno na escola, ou, ao inves de tornar a escolas Nilo Póvoas, em Cuiabá, um centro de excelência em ensino médio ou ensino profissionalizante, ou ainda, tranformá-la em EJA – Educação de Jovens e Adultos, opta por fechar unidades. Enquanto em outros estados governos vêm implementando bons projetos de ensino médio, a exemplo de Pernambuco e Espírito Santo. A opção do governador Mauro Mendes é limitar recursos na educação, sufocar as escolas com burocratismo gerencial em vista de resultados, com redução de pessoal, congelamento de salários e de direitos dos profissionais da educação.

No sentido do exposto acima, consolida-se o governo Mauro Mendes como uma verdadeira fraude eleitoral e se equipara, equivale, à mesma mediocridade que habita o Palácio do Planalto e o Ministério da Educação, demonstrando claramente a opção de submeter a população aos ditames empresariais altamente interessados no orçamento da educação, apenas para garantir seus lucros. Após um ano, o Governo Mauro Mendes também se equipara e se equivale aos Governos de Júlio e Jayme Campos, que tomaram por inimigos os servidores públicos, castigando ferozmente os educadores, impondo enormes prejuízos à população.

O caso da Escola Nilo Póvoas revela também algumas ausências em termos de autoridades que deveriam pensar de forma estratégica o bem comum, a política pública em nosso estado. Primeiro, pela ausência do poder executivo na priorização da política de Educação como já prevista em lei na Constituição Estadual e outras lei como a do Sistema, Gestão Democrática, Lei de Carreira e Plano Estadual de Educação. A Seduc hoje, esvaziada de servidores, se submete a aplicar princípios de teoria de administração geral conservadora, visando unicamente buscar resultados, sem oferecer as condições para tal.

Segundo, pela ausência do Poder Legislativo que ao invés de cobrar, exigir do executivo que cumpra com seu dever de assegurar direitos previstos nas leis, legisla em favor do corporativismo, a exemplo da lei que facilita a criação de escola cívico-militar, uma afronta ao regime democrático no país. Terceiro, pelo próprio Ministério Público como facilitador de acesso à população na luta por serviço público e gratuito de qualidade e nesse momento se cala.

Por fim, repudiamos o fechamento da Escola Nilo Póvoas e conclamamos as autoridades a trabalharem para assegurar que aquela escola possa retomar sua missão de formar jovens. Queremos repudiar, também, a descompromissada política de REDIMENSIONAMENTO, que vem desrespeitando a população e as instituições interessadas, quando não as ouvem. O verdadeiro redimensionamento tem que obrigar principalmente o governo do estado, a assumir sua parcela de atendimento nos iniciais do Ensino Fundamental, permitindo aos municípios, que os mesmos possam atender a educação Infantil.


Sr. Governador Mauro Mendes: Queremos a Escola Nilo Póvoas de volta, funcionando!

Sintep/MT – Livre, Democrático e de Luta.

 

 

 

*atualizada


Cuiabá, MT - 15/01/2020 16:41:32


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