Um grupo de estudantes da Escola Estadual Nilo Póvoas manifestou a indignação ao anúncio do fechamento da unidade, pelo governo de Mato Grosso, durante ato do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), na última sexta-feira (24). Na ocasião, os trabalhadores aposentados também protestavam contra o confisco das aposentadorias pelo governador Mauro Mendes.

“O fechamento da escola é mais um registro do descaso desse governo com a Educação”, disse a estudante Sofia Cavalcante Pereira, 17 anos, para o público presente no ato. Conforme a estudante, matriculada há dois anos na Nilo Póvoas, a escola é diferenciada e dá oportunidade de escolha para o estudante, com um projeto político pedagógico que possibilita o desenvolvimento crítico e a formação cidadã. “A Educação Pública para o governo não é nada, não tem interesse em formar cidadãos”, pronunciou indignada.

Para o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, a Secretaria de Estado de Educação atua na contramão das próprias políticas. “Dizer que o espaço está ocioso é um equívoco, pois o prédio da EE Nilo Póvoas hospeda duas outras unidades. Os estudantes da EE Barão de Melgaço e é a sede da EE Nova Chance”, lembra. A primeira em reforma, sem perspectiva de finalização das obras. E a segunda, abriga toda documentação dos educandos do sistema prisional do estado. 

Valdeir aponta ainda, como contraditória, o argumento do governo ao implantar as escolas Plenas, de tempo integral, que reduziu o número de estudantes nas unidades, para possibilitar a ocupação do espaço por mais tempo. “Na verdade, as 150 matrículas da Nilo Póvoas, equivalem a 300, pois os estudantes estudam em dois períodos”, destaca. 

Também o dirigente sindical Gilmar Soares, que é um dos diretores da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), destacou a política de desmonte da Educação Pública no país e que, em Mato Grosso, tem adesão do governo Mauro Mendes. “São cortes orçamentários, militarização das unidades públicas e ainda mais grave, o fechamento de escolas. Solução existe, que se faça então o ensino profissionalizante, como proposta para as escolas de tempo integral”, conclui. 

Assessoria/Sintep-MT
Cuiabá, MT - 27/01/2020 15:32:08


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