A redução expressiva do número de ocorrências do trabalho análogo a escravidão no Brasil e, em especial, em Mato Grosso, coloca em alerta as instituições para os riscos reais. Dados da Superintendência Nacional do Trabalho revelaram que, no estado, os índices despencaram dos 10% a 16%, registrados a partir de 1995 até 2017, para 0,16 % a 4,2% nos últimos dois anos (2018 e 2019).

O debate feito no dia de Combate ao Trabalho Escravo no país, 28 de janeiro, reunindo entidades que atuam na luta pelos direitos e dignidade humana, refletiu os danos provocados pelo fechamento do Ministério do Trabalho, com a Reforma da Previdência, entre outro. O órgão, agora reduzido a superintendência nacional e deslocado para dentro do Ministério da Economia, reflete os riscos para o Estado de Direito. Com o número reduzido de fiscais do trabalho e sem políticas de combate ao trabalho escravo, o que se tem são subnotificações.

A representante do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no debate, secretária de Políticas Sociais, Leliane Cristina Borges, destacou a preocupação da Educação nessa temática, pois cada vez mais os jovens evadem da escola na busca por trabalho e são presas fáceis para esse tipo de violência. “O lucro acima de tudo, massacra a dignidade humana com a ausência de direitos. O papel da educação é alertar estudantes e, principalmente, os pais para os riscos cada vez mais presentes desse tipo de exploração”, relatou.

Durante o debate, Leliane destacou que a retirada de direitos, maquiada de corte de gastos, compromete os serviços públicos (Educação, Saúde, Segurança). Ela citou como exemplo, a uberização e terceirização dos serviços, que deixa os trabalhadores à mercê dos interesses do Capital - das grandes empresas e latifúndios. “Essa condição faz com que os milhares de desempregados brasileiros se submetam as condições precárias de trabalho”, concluiu.    


Imagem CPTNacional
Assessoria/Sintep-MT
Cuiabá, MT - 29/01/2020 18:01:31


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