Menos da metade das escolas indígenas contam com professores oriundos da comunidade. De um total de 15.289 docentes - que atuam em 2.954 instituições em todo o Brasil -, apenas 7.321 têm origem indígena, conforme dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

Com o objetivo de mudar esse quadro e reivindicar um sistema de ensino que respeite as crenças, valores e a identidade cultural das comunidades indígenas, mais de 100 professores, representando 49 etnias de todas as regiões do país, apresentaram na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, realizada em Brasília, o Manifesto sobre a educação escolar indígena no Brasil - Por uma educação descolonial e libertadora.

O dossiê é composto por 12 capítulos e abrange temas como a formação docente, legislação e a infraestrutura das escolas. Segundo o documento, há experiências em andamento que mostram a viabilidade de organizar a educação em "sistemas abertos", sem separações rígidas entre classes ou séries, modelo considerado mais adequado aos princípios educativos indígenas, que valoriza o aprender fazendo e o aprender com os mais velhos.

Porém, como é enfatizado no texto, não bastam mudanças superficiais para produzir uma escola que respeite e ajude a preservar a cultura indígena. É preciso alterar toda a estrutura da escola, incluindo sua lógica de funcionamento.

Fonte: Revista Educação.

 

Cuiabá, MT - 23/12/2014 15:55:11


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