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A sobra de medicamentos em clínicas e hospitais públicos em contraponto com a falta de medicações para salvar vidas motivou estudantes de graduação em Administração Pública a se debruçarem em uma pesquisa sobre a qualidade da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Para obter respostas ao questionamento, buscaram esclarecimentos com o representante no Conselho Estadual de Saúde, segmento usuário, do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Orlando Francisco, nesta sexta-feira (25.05), no Sintep/MT.
Durante a hora de bate-papo receberam esclarecimentos sobre as leis que regem os recursos da Saúde, o papel dos órgãos de fiscalização, bem como a forma correta na aplicação dos impostos pagos pela população para terem assegurado os serviços de Saúde Pública. O conselheiro destacou na entrevista os inúmeros desvios de finalidades na aplicação das verbas, que acaba por incorrer na gestão precarizada da Saúde.
Apesar de ser o órgão fiscalizador, junto com a ouvidoria, o Conselho Estadual funciona de forma inadequada, sem estrutura que assegure o funcionamento isento de interferências. Contudo as cobranças são feitas, assim como os pareceres emitidos pelo pleno do Conselho, contrário à má gestão. E são ignorados pelo Governo.
O conselheiro destaca que o SUS é um dos melhores do Mundo, reconhecido internacionalmente, mas vive em constante colapso pelo descaso com as políticas públicas. “Os governos deixam de aplicar recursos de impostos e isenções que são devidos, se apropriam de modo equivocados das verbas para implementar programas de saúde e não políticas”, denuncia.
Os estudantes pesquisadores Valéria Mariano, Alessandro Galvão e Mário Freitas, graduandos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), educação à distância. Eles informam que o resultado do trabalho, todo ele gravado, será socializado em mídia digital, reunindo a visão da gestão pública da Saúde a partir do segmento usuário, gestores e unidades de saúde.
Assessoria/Sintep-MT
