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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, participou ontem (13.04) da II Plenária Docente em Ambiente Virtual realizada pela Associação dos Docentes da Universidade de Mato Grosso (Adunemat). O debate tratou sobre Educação à Distância (EAD) nos moldes da Portaria do Ministério da Educação nº 343. A medida do MEC nega as normatizações da excepcionalidade para oferta de EAD na Educação Básica, e como esta se aplica nas redes de ensino.
Como único representante da Educação Básica no debate, o professor Valdeir Pereira destacou que a EAD no Ensino Superior tem uma regulamentação específica e não poderá ser confundida com os “arranjos” curriculares para “maquiar” o direito constitucional a carga horária e disciplinas.
Para Valdeir, a Educação a Distância não deve substituir a educação regular presencial no Ensino Superior, tampouco nas unidades escolares de Educação Infantil e Básica. “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação reconhece as limitações da EAD no processo de aprendizagem estudantil e a recomenda em caráter complementar ou de emergência. Nesses casos a educação a distância deverá ser uma ferramenta de auxílio às atividades presenciais, especialmente na educação básica”, ressalta.
Segundo esclareceu, a Educação Escolar tem função pedagógica voltada para a humanização, interação dos princípios sociais voltado para o exercício pleno da cidadania. O presidente lembrou ainda que para que ocorram aulas virtuais as redes de ensino teriam que ter acesso a plataformas digitais de ensino e também prover os estudantes e profissionais com aparelhos remotos e sinal de internet banda larga para acessar conteúdos de EAD. “Inviáveis, pois das 758 escolas estaduais por volta de 250 tem dificuldades de acesso à internet”, relata.
O presidente do Sintep/MT destaca que a proposta do MEC está mais preocupada com “arranjos para o cumprimento de jornada e carga horária o que de fato com a aprendizagem dos estudantes”. Valdeir Pereira citou que assim como ocorre há anos nas Universidades, o desenvolvimento de aulas em EAD integra um processo longo que exige recursos, capacitação dos profissionais, organização, e avaliação dos estudantes.
A II Plenária virtual da Adunemat reuniu no debate educadores e educadoras do Ensino Superior de diferentes campus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) nos polos de Tangará da Serra, Cáceres, Barra do Bugres, Juara, bem como o professor convidado, Carlos Mathias Motta, da Universidade Federal Fluminense, além de estudantes das faculdades da Unemat, que descartaram a viabilidade de aulas em EAD para os estudantes de cursos regulares e presenciais. “Nesse momento, o fundamental é nos preocuparmos com a saúde para todos estejamos prontos para quando retornarmos as aulas regulares”, concluíram.
Assessoria/Sintep-MT
