Conselho de Representante debate o desmonte da Educação Pública e a crise sanitária

A defesa da vacinação para volta às aulas presenciais alinhou os debates do Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), neste sábado (06/02). As abordagens feitas pelos convidados na análise de conjuntura priorizaram a vida e a defesa da Educação Pública, com destaques para as medidas federais e estaduais que atacam a carreira dos profissionais da educação e os direitos dos estudantes.

A deputada estadual, professora Rosa Neide, contextualizou a organização da Câmara e do Senado Federal e a relação com o executivo, na gestão do presidente Bolsonaro, nas propostas que atacam os servidores e os serviços públicos. Segundo a professora, tramitam no Congresso projetos de homeschooling (escola em casa); Escola Militarizada, novo pacto federativo, que leva à redução do percentual mínimo de investimentos em áreas como Educação e Saúde. E mais, a Reforma Administrativa, que precisa ser vista “com olhar mais firme”, recomenda, dado os prejuízos que trará para toda a sociedade.

O dirigente do Sintep/MT e presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), Henrique Lopes, apresentou a pauta de luta nacional destacando que o cenário nacional é difícil. “Exige da organização sindical unidade com as forças populares e um plano de luta coletivo”, destacou.

No âmbito estadual, Henrique Lopes ressaltou a desorganização “intencional” do governador Mauro Mendes com as políticas de educação. “Implementou um novo processo de atribuição (turmas/aulas), podendo dar continuidade ao processo do ano anterior. O governo construiu por meio de portarias amarrações que resultaram no significativo número de professores remanescentes na rede estadual. Responsabiliza o professor pelos baixos índices do Ideb para justificar a implantação de escolas militares e o projeto de meritocracia”, citou. Para o dirigente, as ações promovem mais defasagem salarial, inclusive dos aposentados, que estão ainda com 14% de confisco nas aposentadorias.

A secretária adjunta de Políticas Educacionais, professora Maria Luzia Zanirato, iniciou sua análise de conjuntura realizando uma dinâmica virtual que levou os participantes a elencarem quais conquistas percebemos nas políticas educacionais nos últimos anos. Em seguida, traçou um comparativo entre as políticas alcançadas com a luta e participação social em governos anteriores, e que na realidade atual os governos conservadores ultraliberais retiram e desmontam quanto ao direito à educação inclusiva.  

“Parte da população não percebe que seu voto tem consequências e agora lamenta as perdas no direito à educação, tanto antes como agora na pandemia. É preciso coragem e amor entre os profissionais da educação, e entre estes e os estudantes para continuar a luta por uma escola inclusiva”, concluiu.

Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 06/02/2021 17:04:10


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