Documento entregue ao governo anuncia greve geral na rede estadual caso ocorram aulas presenciais na pandemia, antes da vacinação
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) requer audiência com o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, para respostas à pauta de reivindicação da categoria. No início da semana (15/02), o sindicato protocolou ofício (nº 029/2021) no órgão, elencando as deliberações da Assembleia Geral dos trabalhadores da educação da rede estadual, ocorrida em 8 de fevereiro.
O presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, destacou que apesar de toda a conjuntura, acredita na “negociação é o instrumento indispensável para assegurar melhores condições de trabalho e qualidade na aprendizagem com valorização profissional e salarial dos educadores”.
Segundo Valdeir, até mesmo devido ao cenário de pandemia, a reunião com o governo exige emergência. “O aumento das notificações de Covid-19 nas escolas estaduais, após a retomada de atividades presenciais com docentes, está sendo negligenciada. Exigimos uma reavaliação do governo”, destacou.
Campanha salarial
Entre as prioridades da pauta existem temas estruturantes a serem debatidos, que envolvem as defesas da Educação Pública Gratuita e o respeito aos profissionais da educação, como: o pagamento dos direitos salarias. A campanha salarial faz a luta pelo fim dos direitos confiscados, desde a chegada do governador Mauro Mendes ao Palácio Paiaguás. Os trabalhadores da educação da rede estadual amargam três anos de salários congelados. Desde 2018 a correção salarial negada, o Piso Salarial da Categoria encontra-se com defasagem superior a 35%.
“Nossa decisão é pelo enfrentamento a qualquer desculpa para o descumprimento dos direitos. As recorrentes alegações de falta de recursos, num estado pujante e cuja arrecadação é destaque na mídia nacional, são incompatíveis com o descaso que o governo Mauro Mendes tem imprimido aos trabalhadores da educação”, destacou Valdeir Pereira.
Para a categoria, há intencionalidade do governo nas políticas adotadas e estas têm promovido o caos na vida dos profissionais efetivos e interinos e na organização das escolas.
O ofício enviado pelo Sintep/MT consta onze pontos a serem tratados com a Seduc/MT, ao mesmo tempo, elenca as deliberações dos trabalhadores da educação na rede estadual. “Os profissionais agendaram novo Conselho de Representantes para o mês de março, seguido de Assembleia Geral com indicativo de greve, caso o governo insista em implementar aulas presenciais, ou sistema híbrido, sem assegurar protocolos sanitários e vacina para todos os profissionais da educação e população mato-grossense”, conclui Valdeir.
Fonte: Sintep-MT