Apesar do crescente aumento na arrecadação do estado, o governo optou por fazer economia com os direitos dos trabalhadores do serviço público
Após inúmeras denúncias do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), a falaciosa crise financeira do governo estadual foi desvelada. O estado bate recorde de arrecadação e fica com o primeiro lugar no ranking nacional. O crescimento do estado registrado desde 2019, foi recorrente até mesmo em 2020, no pior estágio da crise sanitária provocada pela Covid-19.
“O que falta ao governo é prioridade sobre o uso desses recursos”. A declaração do secretário de Finanças do Sintep/MT, Orlando Francisco, ainda em 2019, é atual em 2021. A frase citada para a imprensa, na época, respondia sobre a falta de recursos alegada pelo governo Mauro Mendes para assegurar cumprimentos de direitos dos servidores públicos do estado. Desde então, o que se constata são os cofres públicos cada vez mais robustos, enquanto o poder de compra cada ano menor.
O crescente aumento do Produto Interno Bruto (PIB) no estado é constatado ano a ano. Porém, o governo optou por fazer economia com os direitos dos trabalhadores; cortou pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores, descumpriu as leis de carreira (Lei 510/2013), reduziu os percentuais de investimentos na educação (35% para 25%), confiscou salários de aposentados e pensionistas. E ainda, mesmo com alta na arrecadação, apesar dos três meses de paralisação na crise sanitária, fez uso da Lei Federal nº 173/2020, para não quitar débitos com os servidores.
Em 2021, o estado registra mais de 10 mil vidas perdidas para a Covid-19. Contudo, o governo além do recorde da arrecadação, consegue nota A no registro do Tesouro Nacional. A pontuação “A”, equivale ao que para a população ter o nome limpo no Serasa.
Enquanto o governo comemora o saldo positivo, 47% da população do estado, conforme veiculado na mídia estadual, está negativada no Serasa Experian(empresa que faz análise de crédito e endividamento, no país). Os servidores públicos amargam mais de 12% de arrocho salarial, sendo que, na Educação esses índices sobem para 35% de achatamento salarial.
Fonte: Assessoria/Sintep-MT