Falta de EPI’s adequados sinalizam risco maior de contágio nas aulas presencias

As medidas de segurança oferecidas pelo governo Mauro Mendes estão aquém das orientações sanitárias

O aumento do número de casos de Covid-19, a partir do retorno às aulas presenciais nas escolas públicas é uma constatação apresentada por especialistas. Com base em cálculos matemáticos, um grupo de pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo (USP) confirma o fato e destaca a importância de medidas de segurança para a redução dos impactos na comunidade escolar. Entre as ações, citam o uso correto de máscaras com comprovada eficiência, como o caso da PFF2 ou N95. Uma realidade que não está contemplada nas práticas adotadas pelo governo de Mato Grosso.
 
Segundo alerta feito pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), as medidas de segurança oferecidas pelo governo Mauro Mendes estão aquém das orientações sanitárias. São salas sem dimensão necessárias para o espaçamento entre os estudantes, ventilação adequada nos ambientes, e principalmente pessoal para manter a higienização. “Já não tínhamos pessoal antes da pandemia, e continuamos sem, apesar do governador anunciar a contratação, as aulas começarão sem profissionais necessários”, destaca a secretária adjunta de finanças do Sintep/MT, funcionária de escola, Edna Bernardo.
 
O governo Mauro Mendes divulgou a transferência de recursos para as escolas adquirirem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), contudo o orçamento é insuficiente para a compra do material adequado. "O valor repassado por aluno, pela Seduc, é insuficiente para adquirir as máscaras pff2, que são as recomendadas pelas autoridades em saúde". E ainda, o próprio orientativo enviado pela Secretaria de Estado de Educação para as escolas, comunica que devem ser adquiridas máscara dupla de pano e o protetor facial, para os trabalhadores da educação.
 
“Com a verba que chegou em caixa os gestores não têm como comprar outro tipo de máscaras senão a de tecido. As máscaras PFF2, por exemplo, foram orçadas a custo de R$ 4,00, para as escolas”, relata a dirigente sindical Edna Bernardo, que atua como técnica escolar na rede estadual, em Cuiabá. A prática do governo é relatada pelos estudos como insuficiente, pois o produto apresenta baixa qualidade de impermeabilização.

Diante desse cenário o Sintep/MT reafirma a ironia do governo em comparar as escolas privadas com a realidade da escola pública. “No ensino privado os estudantes vão de carro, não precisam enfrentar o transporte coletivo ou escolar, usam máscaras adequadas, e podem assegurar o conteúdo remoto, pois tem assegurados equipamentos e conectividade”, concluiu o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.

Fonte: Assessoria/Sintep-MT

Cuiabá, MT - 04/08/2021 18:46:22


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