A decisão judicial que considerou ilegal a greve na rede municipal de ensino de Canarana, a 838 km de Cuiabá, não desmotivou os trabalhadores da educação, em greve desde o dia 24 de junho. A categoria reivindica o piso salarial de R$ 1.187,00 a todos os profissionais, inclusive os funcionários da educação, e reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). No final da tarde de hoje (26), os manifestantes fazem uma carreata pela cidade.

Segundo a diretora do polo regional Leste II do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Ana Lúcia Antônia da Silva, os profissionais da educação se reúnem diariamente e mantêm o movimento fortalecido. A subsede do Sindicato recebeu um ofício, na quinta-feira (21), no qual o prefeito Walter Lopes Faria informa sobre a decisão judicial e o envio do PCCS à Câmara Municipal. "O documento cita jornada de 40 horas semanais e o piso reivindicado, mas só para os professores", informa.

A categoria e os vereadores sequer leram a minuta do Plano. Na sexta-feira (22), os grevistas se reuniram com os parlamentares para cobrar um posicionamento na tentativa de solucionar o impasse, e obtiveram o apoio de alguns deles. Desde o início da paralisação, o Executivo Municipal não apresentou proposta, apesar de os trabalhadores da educação estarem abertos às negociações. A diretora regional do Sintep/MT acredita que se não houver avanços, a greve pode permanecer por muitos dias.

Diferenciação salarial - O piso salarial atual em Canarana é de R$ 782,00 e o PCCS também está defasado, principalmente com relação aos coeficientes das tabelas. O município tem jornada de 30 horas semanais, mas com diferenciação salarial. A categoria reivindica jornada única e inclusão dos funcionários da educação no Plano, conforme preconiza a Lei 12.014/2009, que os reconheceu como profissionais da educação.

Cuiabá, MT - 26/07/2011 00:00:00


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