Acontece hoje (31) a primeira reunião do Coletivo da Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Brasília (DF). Professores e funcionários da educação de até 35 anos realizam debates e discussões, com o objetivo de organizar a inclusão dos jovens na agenda da Confederação. A primeira secretária do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Silvana Silva de Jesus, participa da reunião.  

O presidente da CNTE, Roberto Leão, destacou a importância da instalação desse Coletivo, já que os jovens são os principais atingidos pela falta de políticas educacionais. "Ao entrarem no mercado de trabalho, os jovens são alvos de precarização. Prova disso é o número de professores jovens trabalhando em mais de três escolas para garantir um salário decente. Precisamos nos unir e buscar meios de nos relacionarmos com esses profissionais da Educação para trazer a juventude para dentro do sindicato", disse Leão.

A representante da CNTE no Coletivo Nacional de Juventude da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Silvinha Rezende, explica que uma das propostas é atrair a juventude para a luta pela educação de qualidade. "Esse coletivo, ao ser instalado, é mais um mecanismo de luta da Confederação, porque com o coletivo da Juventude, a CNTE vai  aumentar os espaços dos jovens", ressalta. De acordo com Silvinha, um dos problemas que mais atinge a juventude é a questão dos professores temporários. Ela afirma que 90% dessa categoria são de jovens. "Em cada lugar há uma bandeira diferente: em São Paulo é uma coisa, aí você pega o Ceará que é outra. A instituição que vai focar a luta é a CNTE. Então essa é uma tentativa de aproximar essas bandeiras, as dificuldades que os jovens estão encontrando hoje na educação", destaca Silvinha.

Durante a reunião, os representantes de Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Minas Gerais destacaram as maiores dificuldades enfrentadas nos seus estados. O consenso é de que em todos eles, há uma ausência de interesse, por parte dos jovens, com relação à militância. "A juventude não tem interesse pelo trabalho no setor público, principalmente para ser professor. Assim, há o envelhecimento da militância e isso dificulta o acesso dos jovens às lutas sindicais", explicou o professor Samuel, do Sintep/PI.

A professora representante do Sintepe/PE disse que a falta de interesse é tão visível que até para arranjar o professor para representar seu sindicato na 1a reunião do Coletivo foi difícil. "Ninguém tem interesse na formação. Os professores têm medo de ser rotulado e perseguido pelos diretores das escolas. Precisamos mudar isso urgente", comentou.

Inicialmente, o Coletivo ficará vinculado à presidência da CNTE, depois, pode ficar sob a responsabilidade de uma ou mais secretarias da Confederação. 

 

 

Fonte: Pau e Prosa Comunicação com informações da CNTE

Cuiabá, MT - 31/08/2011 00:00:00


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