"A questão do salário do
professor não é apenas trabalhista, mas uma questão de valorização", afirmou o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante audiência pública realizada ontem
(29), na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Ao defender
o piso nacional dos professores, o ministro observou que a docência deve ser
uma carreira bem remunerada e valorizada, caso contrário não será possível
trazer os melhores profissionais para as escolas.
Mercadante fez uma exposição
sobre as principais metas e diretrizes do Ministério da Educação, apresentando
os planos da pasta, desde a educação infantil até a pós-graduação. Também
fizeram parte da mesa o presidente e o vice-presidente da comissão, Roberto
Requião (PMDB-PR) e Paulo Bauer (PSDB-SC).
No debate, o ministro
apontou a importância da alfabetização até a idade de oito anos. De acordo com
ele, a alfabetização - saber ler e escrever e fazer contas matemáticas simples
- na idade certa permitirá melhor desenvolvimento no restante do processo
educacional, reduzindo a evasão escolar. "Alfabetização na idade certa tem que
ser a prioridade das prioridades deste país. Temos que atacar esse problema na
origem e olhar para a valorização e capacitação dos 200 mil profissionais que
fazem a alfabetização."
Entre os temas de sua
apresentação, o ministro fez questão de dedicar especial atenção ao uso de
novas tecnologias e ideias inovadoras na sala de aula, entre eles o projetor digital
e os tablets, que serão distribuídos às escolas e professores. Para Mercadante,
a escola precisa ser o caminho de acesso do jovem aos recursos tecnológicos,
para que ele tenha maior acesso ao conhecimento. "É preciso educar nossos
jovens para o século
Um programa nacional a ser
lançado, sobre educação no campo, pretende impedir que escolas sejam fechadas
nas zonas rurais, além de aumentar a escolarização da população dessas regiões.
O projeto prevê a distribuição de material didático voltado para o campo,
formação inicial e continuada de professores, educação de jovens e adultos,
educação tecnológica voltada para atividades rurais, além de empreendedorismo e
atendimento a escolas quilombolas.