Como se já não bastasse a determinação
do fechamento das creches para o dia 30 de novembro, o que vai prejudicar mais
2.500 crianças e vai custar a demissão de quase mil funcionários, creches em Várzea Grande
limitam o atendimento dos alunos por falta de infraestrutura. Por problemas
no reservatório de água, a Escola Ana Rosa da Silva vem dispensando os alunos
antes do horário normal. O problema já foi apresentado à Secretaria Municipal
de Educação de Várzea Grande (SME/VG), mas a resposta foi negativa. Não há
recursos para fazer o reparo da caixa d'agua. "Há três meses estamos
solicitando reparo da caixa, mas a SME/VG joga o problema para a escola
resolver", afirma uma servidora que não quis se identificar. Nesta
segunda-feira (26/11) os pais, mães e responsáveis se depararam com aviso no
portão, no período vespertino, "aula só até às 15h". Uma mãe chegou a reclamar
do sofrimento de ter que trazer as crianças lá do Parque do Lago para chegar à
escola e ter aula só por meio período. Os problemas
com a infraestrutura de outras escolas se repetem. A CMEI Eleuza Maria Souza
Santos vem funcionando sem energia elétrica a mais de um mês. Uma situação que
gera outros transtornos para a comunidade escolar. O problema é a
falta de um padrão de energia trifásico na rede da escola. Sem o padrão não há
como ligar congeladores e ar condicionado nas salas. A SME já foi acionada para
corrigir o problema, mas nada foi feito. Mais uma vez é a falta de recursos que
expõe as escolas e creches ao vexame de não conseguir atender aos alunos. "O pior de toda
esta situação é que a prefeitura joga a responsabilidade da obra para a escola.
Sem recursos para este tipo de intervenção, são as crianças que ficarão no
prejuízo", relata uma mãe de aluno. Para o
presidente da subsede do Sintep/VG, Gilmar Soares Ferreira, os problemas vão
aumentando com muita rapidez na rede. "Poderemos ter um final de ano letivo
mais dramático do que imaginamos. Nossa esperança é que o Ministério Público
garanta ao menos o funcionamento da creche até o final do calendário letivo",
avalia o presidente do sindicato.