Pontal do Araguaia iniciou
paralisação esta semana
Trabalhadores da
educação de 4 municípios de Mato Grosso estão com as atividades suspensas por
tempo indeterminado. Os servidores de Pontal do Araguaia deliberaram pela greve
esta semana e se reúnem ao movimento iniciado em abril nas cidades de Jangada, Curvelândia
e Sinop. Em geral os educadores reivindicam a valorização da carreira e
melhores condições de trabalho.
A greve em Sinop
(500 km ao norte da Capital) iniciou no dia 22 de abril e não tem perspectivas
para ser suspensa. A presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do
Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Sinop Sidinei de Oliveira Cardoso
reclama da falta de diálogo com o Executivo. "Neste momento é um impasse.
Estamos em greve desde 22 de abril, não tem nova audiência marcada com o prefeito.
Nem ele nem o secretário de educação nos recebem".
Uma proposta rejeitada pela categoria de aumento de 6,2% para todos os
funcionários municipais foi levada ao Legislativo. A previsão de aumento
desconsidera o reivindicado pela categoria que é de 7,98% para chegar ao valor
do piso salarial. Enquanto a negociação não avança, 85% dos trabalhadores da
educação de Sinop permanecem em greve.
Em Jangada
(80 km ao norte da Capital) o impasse também continua. A proposta do prefeito
para avaliar em um prazo de 90 dias como o aumento seria concedido foi
rejeitada em Assembleia Geral realizada dia 9 de maio.
A secretária da subsede Anastácia Maria Ferraz explica que os trabalhadores
decidiram pela rejeição por não vislumbrarem previsão de aplicação do piso. Por
causa disso na segunda-feira (20) irão acampar em frente à Prefeitura.
Atualmente o piso praticado é de R$ 570. Em Jangada, desde 2008 a categoria
está sem reajuste.
Os educadores de Curvelândia
(311 km a oeste da Capital) esperam ser atendidos em 2 principais pontos, a
aplicação do piso salarial e a ampliação do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS) a todos os funcionários da educação. Atualmente o PCCS atende
apenas os professores.
A categoria está em greve desde o dia 2 de maio e não tem abertura para
negociação com o prefeito, que pediu a ilegalidade da greve. O presidente da
subsede Edimilson José Ferreira diz que diante deste cenário a Assembleia
decidiu em permanecer em greve.
Nesta segunda-feira (14) os trabalhadores da rede municipal de Pontal do Araguaia (512
km ao sul da Capital) iniciaram a paralisação após meses sem avanço em
negociação com o Executivo. Os trabalhadores exigem melhores condições de
trabalho, adequação do PCCS de 2009, e aplicação do piso no valor de R$ 1.567.
O vice-presidente da subsede Vitor Ten Caten diz que o pagamento de abono
apenas para professores causam indignação entre os profissionais. Na sexta-feira
(17) os trabalhadores em greve realizaram panfletagem com carro de som,
denunciando o descaso do executivo com a educação. Greves suspensas
Duas cidades suspenderam a
greve esta semana. A paralisação em Várzea Grande foi finalizada nesta
quinta-feira (16) em Assembleia Geral após o secretário apresentar uma proposta
de estudo para atendimento das reivindicações. A Prefeitura revisou o
calendário para apresentar providência. Entre 20 de maio e 30 de junho serão
revistos o PCCS e o enquadramento profissional de 2010, além de outros itens da
pauta reivindicação. Hoje às 8h, a categoria realizou ato público em frente à
Prefeitura para cobrar o pagamento de um terço de férias. Em Colniza (1.065 km a noroeste da Capital) os profissionais suspenderam
a greve no dia 15 de maio. A categoria alcançou 7,97% de reajuste salarial que
será incorporado gradativamente até dezembro, chegando ao valor do piso em R$
1.567. O valor pago atualmente é de R$ 1.452.
O prefeito também se comprometeu a elevar de A para B imediatamente os
professores no PCCS e de B para C a partir de setembro.