A greve dos
trabalhadores da educação de Mato Grosso marca a união da categoria. A
insatisfação frente a salários defasados, ambiente de trabalho inapropriados e
baixo investimento efetivo em educação construiu o sentimento comum para a
paralisação dos educadores. Técnicos, apoios administrativos e professores
reivindicam melhores condições de trabalho e valorização como base para
melhorar a qualidade de ensino oferecida à população.
Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato
Grosso (Sintep/MT) o percentual de adesão à greve ultrapassa os 80%. O índice é
considerado um sinal de indignação dos educadores diante da política
educacional executada pelo governo estadual.
Em um comunicado realizado na TV
Sintep pelo presidente Henrique Lopes do Nascimento destacou a ótima
participação dos trabalhadores da educação. "Mais de 80% das escolas estão
paralisadas, o que nos dá a segurança em dizer que é uma greve forte e
demonstra a união da categoria que reivindica por melhores condições de vida,
melhores salário e trabalho". Henrique também
pontua o teor da audiência convocada pela Secretaria de Estado da Educação
(Seduc) e Secretaria de Estado de Administração (SAD) com o Sintep/MT. Dia 16
de agosto os representantes da categoria estiveram reunidos com os respectivos
secretários, que acenaram o chamamento de classificados no últimos concurso
este ano. Entre os professores seriam 500 em novembro.
O presidente do Sintep/MT lembra que a reivindicação da categoria é imediata e
em relação aos outros pontos da pauta de reivindicação dos trabalhos, nenhuma
foi sinalizada para ser atendida. "Nossa discussão no âmbito da Seduc
infelizmente não tivemos os avanços necessários do ponto de vista da pauta de
reivindicações. O único ponto que o governo aponta é chamar os classificados e
isso é muito insignificantes para aquilo que tem sido a nossa pauta".
A união dos trabalhadores da educação no Estado é comemorada por Henrique, que
diz ser fundamental que a força da luta permaneça para avançar em
posicionamentos do governo. "Quero reforçar a necessidade de permanecer
firme na luta, pois só através da luta vamos conseguir avançar nas nossas
reivindicações".