Os trabalhadores
reivindicam cumprimento do acordo firmado em greves anteriores Educadores das redes municipais de Sinop e Nova Monte Verde
permanecem em greve no Estado para reivindicar cumprimento de acordos firmados
em paralisações anteriores. Reajustes previstos para os meses de setembro e
outubro não foram honrados pelos gestores municipais, prejudicando a carreira
da categoria e o sistema educacional.
Dia 1º de novembro iniciou a paralisação na rede municipal de Nova Monte Verde e
até o momento o prefeito não agendou reunião com representantes do Sindicato
dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). O presidente da
subsede Elcio Leandro conta que na tarde desta quarta-feira (27) foi realizada assembleia
geral e a categoria decidou manter a greve frente à situação.
"O prefeito não negocia, retirou o Sintep das negociações, fez ameaças e
protesta judicialmente. A categoria resolveu das continuidade na greve e tomar
as medidas judiciais cabíveis", disse Elcio.
Em agosto, depois de 1 semana de paralisação, os trabalhadores conquistaram o
acordo firmado com o prefeito e secretário de educação, garantindo o reajuste
de 15,5% aos educadores a partir de setembro. No entanto, a Prefeitura
prorrogou o prazo para outubro e mesmo assim não o cumpriu.
Foi diante desta falta de compromisso que a categoria resolveu iniciar a greve.
Desde que a paralisação iniciou Elcio conta que ocorreram outras tentativas de
desqualificar a carreira. A aprovação e sanção do Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS) em 11 de novembro alterou a estrutura da elevação da carreira
do profissional de educação e criando mais revolta entre os educadores.
Nova Monte Verde tem 137 trabalhadores e
somente os professores recebam o piso de R$ 952. O Sintep luta pela unificação
da carreira e exige o reajuste do piso para R$ 1.071.
Em Sinop os técnicos administrativo estão em greve desde o dia 18 de novembro.
Os 150 profissionais reivindicam o reajuste salarial de 17,45%, acordado em
setembro na última greve. Na oportunidade os técnicos apontaram que ganhavam
menos do que os apoios administrativos e exigiam a equidade.
De acordo com a presidente da subsede Sidinei Oliveira Cardoso o documento
assinado pelo sindicato e o poder municipal previa a implementação do reajuste
em outubro. No entanto, a data não foi cumprida. Sidinei diz que a adesão à
greve tem sido gradativa, com novos técnicos aderindo a cada dia e
integralizando o movimento.
Desde o início da paralisação foi realizada apenas uma reunião com o
vice-prefeito, mas sem avanço. "O prefeito alega que o limite orçamentário
não pode ser ultrapassado para implementar o reajuste. A subsede procurou o
Ministério Público e estamos aguardando o posicionamento".
Fim da greve em Barra
do Garças
Depois de 104 dias de paralisação os trabalhadores da rede
municipal de Barra do Garças suspenderam a greve na sexta-feira (22). O presidente
da subsede Omar Cirino de Souza diz que apesar da suspensão os educadores
continuam reivindicando a implementação do piso salarial. Há anos os educadores
aguardam por concessão de licença prêmio, chegando a ter servidores com 3
vencidas, além da luta pela elevação de classe e nível na carreira. Omar diz que uma ação civil pública deve ser julgada em
breve pela na 4ª Vara de Barra do Garças, tratando sobre o piso salarial. A
expectativa da categoria é que a Justiça conceda o direito. A cidade tem cerca
de 500 profissionais na rede municipal e o piso salarial é de R$ 1.033 para 30
horas.