Cerca
de 300 manifestantes estiveram na Câmara pressionando deputados
Quarenta e dois educadores de Mato
Grosso participaram nesta quarta-feira (4) do ato em Brasília contra a
tentativa de atualização da lei do piso salarial do magistério com base no
reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumir Amplo (INPC). A Campanha "Piso
dos Professores(as): deputado(a), estamos de olho no seu voto! Vote contra o
INPC. Vote contra a proposta dos governadores!" é promovida pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
O grupo mato-grossense partiu às 22h de terça-feira (3) de Cuiabá com
representações de várias cidades, como Barra do Garças, Pontal do Araguaia e
Poxoréu. Um dos organizadores do movimento, o presidente da subsede do
Sintep/MT de Barra do Garças, Omar Cirino, conta que a atividade foi positiva
apesar dos entraves de regras da Câmara.
Pela manhã de hoje, às 11h, os educadores foram tentar acompanhar do plenário
as atividades dos parlamentares, mas foram barrados. Em um auditório, onde
estava acontecendo um seminário sobre condições escolares, o movimento
participou e articulou em 1 hora a entrada ao plenário. Além de Mato Grosso
estavam profissionais da educação de outros estados brasileiros, como Mato
Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás.
"Queremos uma boa base parlamentar para ser votado contra a proposta dos
governadores de atualizar a lei do piso com base no INPC", disse Omar. A
Campanha da CNTE foi criada para pedir apoio dos deputados federais, para que
não votem contra os interesses da categoria, e neste caso, os educadores de
Mato Grosso afirmam que conseguiram provocar pressão nos deputados.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, esteve
no ato e CUT afirmou que caso a emenda seja aprovada, as aulas correm o risco
de não comecem ano que vem. Omar disse que a valorização foi tema central das
discussões levantadas pelos educadores no Congresso e a categoria deverá se
unir contra a proposta de atualização.
No período da tarde, as lideranças da CNTE estiveram reunidas com deputados, entre
eles o presidente da Câmara dos Deputados Henrique Alves para discutir a pauta
e reivindicar a não aprovação desta proposta.
O piso salarial dos professores do magistério público foi estabelecido na Lei 11.738/08. Na
ocasião o valor era de R$ 950. Com os reajustes anuais os valores foram para R$
1.024,67 (2010), R$ 1.187,14 (2011), R$ 1.451 (2012) , e, a partir de
fevereiro deste ano, passou para R$ 1.567.